26/07/2021 | Resultados

Resultados do segundo trimestre e primeiro semestre de 2021

A Galp apresenta hoje os resultados do segundo trimestre e primeiro semestre de 2021. Todos os documentos relacionados estão disponíveis no nosso site, aqui.

A Galp apresentou um desempenho financeiro robusto durante o primeiro semestre. Os nossos ativos conseguiram tirar partido da contínua recuperação do contexto macro, nomeadamente do aumento dos preços do Brent e da procura de produtos petrolíferos na Península Ibérica, fundamentais para a Galp apresentar resultados sólidos, gerando um free cash flow superior a €0,7 mil milhões e fortalecendo a sua posição financeira. No entanto, as restrições relacionadas com a pandemia estão ainda a impactar o nosso desempenho operacional, bem como as margens de refinação e os volumes das vendas comerciais. Ainda assim, já atingimos o nosso objetivo de rácio de alavancagem, o que nos permite ter confiança nas perspetivas de desempenho financeiro e na capacidade de manter uma proposta de investimento bastante competitiva e diferenciada.
No nosso Capital Markets Day, realizado em junho, a Galp apresentou uma estratégia atualizada com uma estrutura de alocação de capital clara, com foco em continuar a crescer a partir de um dos portefólios mais eficientes do sector, avançando simultaneamente com a transformação e a descarbonização das nossas atividades. Progredimos nessa direção durante a primeira metade do ano, dando passos significativos em desenvolvimentos chave que vão estar na base da nossa trajetória. Renovámos também a nossa estrutura organizacional e, com isso, promovemos algumas mudanças na nossa equipa executiva, com o objetivo de adotar um modelo de gestão mais ágil e eficiente para enfrentar desafios futuros.
Estes são tempos importantes na história da Galp, e estou confiante que iremos prosperar durante a transição energética.

Andy Brown, CEO da Galp

Segundo trimestre de 2021

O cash flow operacional ajustado (OCF)1 da Galp atingiu os €470 m, um aumento de €231 m YoY, dadas as condições macroeconómicas desafiantes de 2020, suportado numa maior contribuição do Upstream, assim como no melhor desempenho das atividades de downstream. O cash flow das atividades operacionais (CFFO) foi de €440 m.

A geração de free cash flow (FCF) atingiu os €228 m, enquanto que o investimento líquido durante o período foi de €186 m.

A dívida líquida ao final do período era de €1.711 m, com o rácio de dívida líquida para Ebitda RCA a diminuir para 1,0x.

O Ebitda RCA foi de €571 m, com os seguintes destaques:

  • Upstream: O Ebitda RCA foi de €467 m, um aumento de €263 m YoY, refletindo o aumento dos preços do petróleo, os quais compensaram a menor produção, assim como a desvalorização do Dólar dos E.U.A. face ao Euro.
  • Commercial: O Ebitda RCA foi de €73 m, um aumento de 22% YoY, refletindo o aumento da procura de produtos petrolíferos na sequência do alívio parcial das medidas de confinamento na Península Ibérica.
  • Industrial & Energy Management: O Ebitda RCA foi de €50 m, um aumento de €31 m YoY, com as margens de refinação ainda pressionadas pelo contexto internacional. O Ebitda de Energy Management beneficiou de um efeito de desfasamento temporal relacionado com ganhos de derivados no segmento de trading gas, o qual deverá ser parcialmente revertido ao longo do segundo semestre de 2021.
  • Renewables & New Businesses: O Ebitda RCA não foi relevante no 2T21, uma vez que a maioria das operações não são consolidadas. O Ebitda pró-forma2 das operações de renováveis ​​atingiu os €17 m no período, impulsionado pelo preço solar capturado na Península Ibérica.

O Ebit RCA aumentou €362 m YoY para €305 m, suportado pelo melhor desempenho operacional, e apesar de incluir €50 m de imparidades em ativos de exploração no Upstream.

O resultado líquido RCA foi de €140 m, enquanto o resultado líquido IFRS foi de €71 m, considerando um efeito de stock de €68 m e eventos especiais de -€137 m.

Primeiro semestre de 2021

O OCF1 da Galp aumentou 68% YoY, para €914 m, enquanto que o Ebitda RCA foi de €1.071 m, um acréscimo de 41% YoY, dadas as melhores condições de mercado.

O investimento totalizou €402 m, com o Upstream a representar 71% do total, enquanto que as atividades de downstream representaram 11% e as Renewables & New Businesses 16%. O investimento líquido representa um ganho de €8 m, considerando receitas de desinvestimentos durante o período, com destaque para a participação na GGND.

O FCF totalizou €746 m, com uma forte geração de caixa suportada pelo desempenho operacional e pelo desinvestimento na GGND.

Considerando os dividendos pagos a acionistas de €290 m e a interesses que não controlam de €78 m, assim como outros ajustes, a dívida líquida diminuiu €354 m, face ao final de 2020.

O cash flow operacional ajustado representa um proxy da performance operacional da Galp, excluindo efeitos de inventário, variações de fundo de maneio, bem como eventos especiais. A reconciliação deste indicador com o CFFO, de acordo com as normas IFRS, encontra-se no capítulo 6.3 Cash Flow do relatório. 2 Pró-forma considera todos os projetos de renováveis como se fossem consolidados de acordo com as participações da Galp.  

€m (valores em IFRS, excepto indicação em contrário)   0 0 1
Trimestre   Primeiro Semestre
2T20 1T21 2T21 Var. YoY % Var. YoY   2020 2021 Var. YoY % Var. YoY
       291        499        571        281 97% Ebitda RCA        760    1.071        311 41%
       204        438        467        263 s.s. Upstream        490        906        416 85%
        59         69         73         13 22% Commercial        149        142 (7) (5%)
        19 (6)         50         31 s.s. Industrial & Energy Management        109         45 (64) (59%)
(4) (2) (6)           2 58% Renewables & New Businesses (5) (8)           4 79%
(57)        284        305        362 s.s. Ebit RCA        161        588        428 s.s.
(32)        314        290        322 s.s. Upstream        113        603        490 s.s.
        36         44         48         12 32% Commercial        104         92 (13) (12%)
(60) (67) (9) (51) (85%) Industrial & Energy Management (51) (76)         25 50%
(9) (3) (5) (4) (45%) Renewables & New Businesses (16) (8) (8) (52%)
(52)          26        140        192 s.s. Resultado líquido RCA (22)        166        188 s.s.
(154)        161          71        225 s.s. Resultado líquido IFRS (410)        232        642 s.s.
(18)         34 (137)        119 s.s. Eventos especiais (26) (103)         77 s.s.
(84)        101         68        152 s.s. Efeito stock (362)        169        531 s.s.
       239        445        470        231 96% Cash flow operacional ajustado        544        914        370 68%
       123        390        346        223 s.s. Upstream        255        736        481 s.s.
        55         67         69         14 26% Commercial        145        136 (9) (6%)
        49 (9)         64         15 31% Industrial & Energy Management        134         55 (79) (59%)
(4) (2) (2) (2) (56%) Renewables & New Businesses (4) (4) (1) (12%)
       160        377        440        280 s.s. Cash flow das atividades operacionais        404        817        413 s.s.
       136        178        224          88 65% Investimento        280        402        121 43%
(149)        195 (186)          37 25% Investimento Líquido (360)             8        368 s.s.
         16        518        228        212 s.s. Free cash flow        107        746        639 s.s.
(86) - (78) (8) (9%) Dividendos pagos aos interesses que não controlam (194) (78) (116) (60%)
(318) - (290) (28) (9%) Dividendos pagos aos acionistas (318) (290) (28) (9%)
   1.932    1.552    1.711 (221) (11%) Dívida líquida    1.932    1.711 (221) (11%)
1,1x 1,1x 1,0x 0,0x s.s. Rácio dívida líquida para Ebitda RCA1 1,1x 1,0x 0,0x s.s.
1 Rácio considera o Ebitda RCA LTM (€1.697m a 30 de junho de 2021), o qual é ajustado pelo impacto da aplicação da norma IFRS 16 (€184 m a 30 de junho de 2021).        
                   
Outros destaques
Galp Capital Markets Day 2021

No dia 2 de junho, a Galp apresentou a sua atualização estratégica, tendo em vista prosperar durante a transição energética, continuando a crescer através de um dos portefólios mais eficientes do sector, enquanto transforma progressivamente as suas atividades em linha com essa transição. A estratégia baseia-se numa estrutura de alocação de capital clara, com um plano de investimentos disciplinado, capaz de gerar crescimento de cash flow e garantir uma remuneração competitiva aos acionistas. A estratégia da Galp incorpora também um compromisso com a descarbonização progressiva das suas operações e vendas a clientes e estamos comprometidos em atingir a neutralidade carbónica até 2050 com metas intercalares até 2030.

A estrutura de alocação de capital conta com uma posição financeira sólida, com o objetivo de manter um rácio de dívida líquida para Ebitda de c.1x. O investimento líquido médio de €0,8-1,0 bn p.a. durante 2021-25, uma redução de c.20% em comparação com o plano anterior, com a previsão para 2021 mantida em €0,5-0,7 bn.

A meta de investimento líquido inclui iniciativas de gestão de portefólio para apoiar o plano de investimento, cristalizar valor e manter uma posição financeira robusta. A remuneração acionista considera um dividendo base de €0,50/ação e uma componente variável adicional, que será distribuída na medida em que o rácio de dívida líquida para Ebitda fique abaixo de c.1x, com o total de distribuições podendo representar 1/3 do CFFO. Mais informação aqui.

Decisão final de investimento de fase I do campo de Bacalhau no Brasil

No dia 1 de junho, a Galp, através da sua subsidiária Petrogal Brasil, juntamente com os seus parceiros Equinor (operadora), ExxonMobil e Pré-sal Petróleo SA (PPSA) sancionaram o desenvolvimento do campo de Bacalhau, no pré-sal brasileiro, na bacia de Santos. O investimento é de c.$8 bn. Bacalhau é um projeto altamente competitivo com um breakeven NPV10 abaixo de $35/bbl e intensidade carbónica reduzida de c.9 kgCO2e/bbl. O primeiro óleo está planeado para o segundo semestre de 2024 e, uma vez em plateau, irá contribuir com c.40 kbpd para a produção working interest da Galp, através de uma FPSO com capacidade de produção de 220 kbpd. As reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase são de mais de 1 bn bbl. Mais informação aqui.

 

Eventos subsequente
Alterações no conselho de Administração e Comissão Executiva da Galp 

No seguimento da atualização da estratégia da Galp, apresentada no seu Capital Markets Day pelo recentemente nomeado CEO Andy Brown, o Conselho de Administração aprovou a 23 de julho alterações na sua composição e na da Comissão Executiva (CE) da Empresa, com o objetivo de reforçar o potencial de cada uma das suas atividades, através de um modelo de gestão mais ágil e eficiente.

A nova estrutura da Comissão Executiva é a seguinte:

  • Andy Brown, CEO
  • Filipe Silva, CFO
  • Carlos Costa Pina, COO Corporate Office
  • Teresa Abecasis, COO Commercial
  • Thore E. Kristiansen, COO Production & Operations, que integrará os negócios de Upstream e Industrial.

O Conselho de Administração tem em curso um processo de recrutamento para o novo COO da unidade Renewables & New Businesses que será gerida, de forma interina, pelo CEO Andy Brown. Adicionalmente, Andy Brown terá a responsabilidade do desenvolvimento de atividades de Energy Management.

As alterações na estrutura organizacional não terão impacto nos segmentos incluídos no reporte financeiro da Galp em 2021, que seguirá a estrutura anunciada na apresentação do Capital Markets Day de 2021.

Mais informações podem ser encontradas no site da Galp (aqui).
 

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Galp | Investor Relations Team

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Website: www.galp.com
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