Reduzir e mitigar as nossas emissões de GEE
O nosso objetivo é tornarmo-nos uma Empresa Net Zero e as nossas metas climáticas para 20301 representam um marco crucial nesse caminho. A empresa definiu três objetivos de redução de emissões para 2030, recorrendo a métricas independentes que, juntamente com o compromisso de investir em tecnologia renovável e de baixo carbono, irão refletir o seu progresso em direção a um futuro de baixo carbono, centrado na descarbonização das nossas operações industriais, da energia primária que produzimos e da energia que vendemos aos nossos clientes.
Metas para 2030
As nossas metas de curto a médio prazo são um resultado direto dos planos de negócio da Galp e dos marcos associados e estão, portanto, incorporados na nossa estratégia. Os planos de negócio são atualizados anualmente e refletem as previsões internas para o orçamento e para as perspetivas económicas dos próximos 10 anos. As variáveis utilizadas nas previsões de emissões, vendas e produção são então alinhadas com o nosso plano estratégico de desenvolvimento a longo prazo, o qual inclui alterações importantes no nosso portefólio.
- A métrica de emissões absolutas inclui todas as emissões operacionais (âmbito 1 e 2), numa base equity, dos ativos do Upstream, Industrial e Comercial da Galp. Esta métrica reflete a descarbonização das nossas operações através de aumentos na eficiência energética, integração de energias renováveis e reorganização das atividades industriais. Prevê-se que a Galp reduza as suas emissões absolutas em 40% até 2030 (vs. 2017).
- A intensidade carbónica das vendas downstream2 inclui todos os âmbitos de emissões (1, 2 e 3) associados às cadeias de valor de todos os produtos energéticos vendidos pela Galp (por exemplo, combustíveis líquidos, gás, eletricidade). A sua redução reflete a progressiva descarbonização do nosso portefólio, à medida que os nossos clientes adotam novas soluções mais renováveis e com baixo teor de carbono. A intensidade carbónica das vendas downstream da Galp irá verificar uma redução de 20% até 2030 (vs. 2017).
- A intensidade carbónica da produção2 inclui as emissões de âmbito operacional 1 e 2 dos ativos da Empresa e as emissões de âmbito 3 da utilização de hidrocarbonetos e biocombustíveis produzidos. A sua evolução irá materializar a transição da produção de energia da Galp, num produtor focado em baixo carbono com eletricidade renovável, biocombustíveis e hidrogénio renovável, reduzindo progressivamente o petróleo e o gás. A intensidade carbónica da energia produzida pela Galp será 40% mais baixa em 2030 (vs 2017).
1Estes objetivos consideram 2017 como o ano de referência, uma vez que esse ano marca o início da diversificação do nosso portefólio e o compromisso com o desenvolvimento de uma estratégia de transição.
2Em ambas as métricas de intensidade carbónica, a eletricidade é convertida num equivalente fóssil utilizando um fator de energia primária que reflete a eficiência da produção termoelétrica e liga a energia primária e a energia final. Este fator indica quanta energia primária é utilizada para produzir uma unidade de eletricidade e destina-se a tornar o conteúdo energético da eletricidade e de outros combustíveis mais comparável. Na métrica das vendas, a eletricidade renovável vendida para a mobilidade elétrica é multiplicada por 4, de forma refletir a maior eficiência dos motores elétricos quando comparados com motores de combustão interna, de acordo com as atuais diretrizes da RED II.
Metodologia da intensidade carbónica
A Galp reconhece que é necessário comunicar as suas métricas e metodologias no que toca ao carbono, de forma a aumentar a confiança das partes interessadas, e que existe uma clara necessidade de desenvolver uma abordagem comum para o setor do Oil & Gas.
A Galp faz parte do grupo de trabalho técnico envolvido no desenvolvimento da metodologia da Science Based Targets initiative (SBTi) para o setor do Oil & Gas (desenvolvida pelo CDP) e segue diversos quadros e diretrizes internacionais (por exemplo, GHG Protocol, IPIECA, SBTi O&G draft) para contabilizar as suas emissões e calcular a intensidade carbónica.
Um perito externo independente verificou que as duas metodologias de contabilização da intensidade carbónica são adequadas, estão devidamente identificadas e referenciadas, e que os pressupostos e dados de entrada utilizados nos cálculos efetuados são aceitáveis, razoáveis e devidamente fundamentados. Para mais informações sobre a métrica da intensidade carbónica, consulte a nossa Metodologia de Intensidade de Carbono. Assim que a orientação SBTi para o setor do Oil & Gas estiver disponível, a Galp irá avaliar a sua aplicação e os impactos sobre as atuais metas.
Meta net zero para 2050
Os atuais objetivos a curto e médio prazo são os primeiros passos essenciais rumo a zero emissões líquidas em 2050. À medida que a transição energética ganha velocidade e a sociedade avança rumo a um futuro de baixo carbono, nós também o faremos, e os nossos planos de negócio e portefólio serão o reflexo deste progresso. No entanto, é um desafio ter o mesmo tipo de detalhe em termos de projetos e investimentos específicos para um horizonte temporal tão distante, sobretudo se tivermos em conta que algumas das soluções e tecnologias disponíveis para descarbonizar no futuro podem não ser tecnicamente viáveis no imediato.
O nosso mix energético irá mudar continuamente ao longo do tempo e a Galp continuará empenhada em fornecer energia acessível, segura e sustentável.
Metano
A Galp está ciente da crescente relevância e urgência da redução das emissões de metano de forma a limitar o aumento da temperatura global. Embora as emissões de metano da Empresa tenham um peso relativamente baixo nas suas emissões operacionais, no 1% maioritariamente associado com as non-routine flaring dos assets não operados do Upstream, a Galp pretende reduzir as emissões de metano dos seus ativos operacionais (5% do total de atuais emissões de CH4), de acordo com as expetativas do setor. Todas as nossas metas de redução de CO2 são expressas numa base de CO2e que incorpora o impacto do metano. Por último, todos os operadores da produção Upstream da Galp são signatários da Iniciativa para a Redução do Metano da OGCI.
Desempenho face às metas
O conflito na Ucrânia e a consequente crise energética representam um desafio para todas as empresas energéticas. Como consequência destes acontecimentos, tiveram de ser tomadas decisões para assegurar a continuidade do fornecimento de combustíveis a preços acessíveis. Isto implicou a redução do consumo de gás natural e a utilização de subprodutos de refinação como combustíveis nas operações da refinaria de Sines, levando a um aumento das suas emissões absolutas de âmbito 1. Espera-se que estas restrições temporárias sejam removidas brevemente, e que a refinaria de Sines regresse ao seu desempenho eficiente de baixa intensidade de GEE.
Em Moçambique, a entrada em fase comissionamento da FLNG de Coral também envolveu uma flaring substancial, levando a um pico temporário de emissões de âmbito 1 durante o segundo semestre de 2022. A unidade terminará em breve o comissionamento e retomará as suas atividades, cuja energia tem sido ativamente otimizada desde a conceção do projeto, e onde não são efetuados flarings sistemáticas.
A intensidade das emissões da energia produzida pela Galp diminuiu [14%] face a 2017, beneficiando do aumento da produção de eletricidade renovável e de biocombustíveis, enquanto a intensidade carbónica das vendas diminuiu em [4%] face à referência, refletindo o já mencionado aumento de biocombustíveis e produção de eletricidade renovável e também de alterações ao output na refinaria para combustíveis mais leves e de baixo carbono.
Pegada de Carbono da Galp
Todos os anos, a pegada de carbono da Galp (controlo operacional) é cuidadosamente calculada com base em metodologias e recomendações internacionalmente reconhecidas, sendo posteriormente monitorizada e verificada por uma terceira parte.
Saiba mais sobre as nossas métricas e pegada de carbono.
Transição para soluções com baixo teor de carbono
Emissões evitadas
Em 2022, a Galp evitou a emissão de aproximadamente 1.595 ktonCO2e através da implementação de medidas de eficiência energética na refinaria, da integração de biocombustíveis, da produção e venda de energias renováveis, do fornecimento de produção descentralizada de energia e de serviços de eficiência energética, e do fornecimento de eletricidade para a mobilidade elétrica.

Compensações de carbono
As compensações de carbono não fazem parte dos objetivos de descarbonização a curto prazo (2030) da Galp. Podem, no entanto, ser uma ferramenta útil para atingir as emissões Net Zero até 2050, em conformidade com as normas de fixação de objetivos globalmente reconhecidas, tais como a norma SBTi Net Zero, que indicam que pode ser necessário compensar cerca de 5-10% das emissões de base até 2050. Neste contexto, a Empresa está empenhada em utilizar apenas compensações de alta qualidade que resultem em reduções de emissões permanentes, adicionais e verificadas.
As compensações de carbono também podem ser importantes para os nossos clientes, cada vez mais preocupados com o seu impacto no clima e, que, por conseguinte, podem estar interessados em compensar as emissões do seu consumo de combustível através da Galp, até estas serem substituídas por alternativas viáveis de baixa intensidade carbónica. Como resposta a estas necessidades, a Galp está a implementar soluções que integram compensações na sua oferta comercial e desenvolveu capacidades e normas para gerir as compensações e créditos de carbono, desde o desenvolvimento de projetos até à comercialização, de acordo com as melhores recomendações disponíveis, de forma a garantir a qualidade do projeto e a fiabilidade do processo.
Compensação de emissões de eventos patrocinados
A Galp compensou as emissões de eventos que patrocinou em 2022, para tentar mitigar o seu impacto global. As emissões destes eventos vieram sobretudo do setor dos transportes, onde a Galp é um importante interveniente e prestador de serviços. A Galp adquiriu um total de 4.111 créditos para compensar as emissões do festival Rock in Rio Lisboa e a participação da Federação Portuguesa de Futebol no Campeonato Mundial de Futebol FIFA de 2022.
Saiba mais sobre a compensação de carbono na Galp
Gerir as emissões nos nossos negócios
Upstream
A elevada eficiência e baixa intensidade carbónica do nosso portefólio, a 10,1 kgCO2e/boe, cerca de metade da média da indústria de 18,3 kgCO2e/boe (média da IOGP para 2021), resulta da importância dada à sustentabilidade e eficiência energética durante a conceção e as operações do projeto. O nosso caminho começa na avaliação do projeto, na qual incorporamos totalmente a quantidade de dióxido de carbono do campo nas nossas decisões de investimento, concentrando-nos no desenvolvimento de ativos com baixa intensidade carbónica.
Os projetos mais recentes, como o desenvolvimento do campo de Bacalhau, localizado na bacia brasileira de Santos, levaram este enfoque ainda mais longe, resultando em emissões ainda mais baixas durante a vida útil do campo. A FPSO de Bacalhau terá um sistema de turbina de gás de ciclo combinado para aumentar a eficiência da central elétrica. Isto, em conjunto com o sistema de gás otimizado, permitiu reduzir em grande parte as emissões da produção de energia e da flaring, resultando numa intensidade de emissão de classe mundial de 9 kg de CO2e/bbl.
O FLNG Coral Sul foi concebido com a otimização energética em mente, resultando numa planta energeticamente eficiente e na redução das emissões de GEE, assim como na ausência de flarings sistemáticas. Isto foi conseguido através da utilização de turbinas aeroderivadas a gás para compressores de refrigeração e produção de energia (equipadas com sistemas de recuperação de calor residual). Esta unidade foi planeada para consumir 256 kWh/t de LNG no processo de liquefação, inferior ao valor de referência da indústria de 275-400 kWh/t de LNG.
A empresa tem também estado empenhada na melhoria contínua da eficiência dos ativos remanescentes em produção, no comissionamento de sistemas de recuperação de gás em flares e flares fechadas e na otimização da utilização de bombas, rotação de equipamentos, bem como na identificação de outras iniciativas que possam conduzir a uma maior eficiência energética e a emissões mais baixas.
Além disso, a Galp também aderiu à iniciativa Zero Routine Flaring by 2030 do Banco Mundial. Ao aderir a essa iniciativa, a Galp comprometeu-se a não realizar flaring sistemático nos seus projetos de produção de hidrocarbonetos, conhecida no setor por ser uma fonte significativa de emissões.
Industrial & Midstream
- Eficiência e redução de emissões em Sines
Apesar de todos os desafios que surgiram com a atual crise energética, a Refinaria de Sines continuou empenhada na melhoria da eficiência das suas operações. Em 2022, investimos em vários projetos de eficiência energética que reduzem o consumo de energia e as emissões, incluindo a substituição de caldeiras na unidade FCC, a substituição de permutadores para tecnologias mais eficientes e a substituição de reatores por modelos que permitem melhores rendimentos e menor consumo de energia. Quando forem implementados na totalidade, estes projetos permitirão reduções de > 90 kton CO2e/ano.
Nota: A Galp decidiu concentrar as suas atividades de refinação e desenvolvimento futuros no complexo de Sines e descontinuar as operações de refinação em Matosinhos, a partir de 2021.
Adicionalmente, foram identificados e aprovados vários projetos de eficiência para investimento até 2025 que resultarão num investimento de 50m€ e em reduções de emissões de aproximadamente 100 kton CO2. Adicionalmente, equipas dedicadas estão a trabalhar continuamente para reduzir as emissões e aumentar a eficiência das operações, identificando novas oportunidades e sinergias regularmente.
Acompanhamos a eficiência energética das nossas atividades através do Energy Intensity Index da Solomon e definimos metas de eficiência energética, para promoção da melhoria contínua das nossas operações alinhadas com os requisitos da atividade.
- Combustíveis com baixo teor de carbono
Em 2022, a Galp continuou a produzir HVO, na refinaria de Sines, através do coprocessamento na unidade HD, com uma produção de 101 kton, para além dos cerca de 25,5 kton de biodiesel FAME de segunda geração produzido na Enerfuel.
A empresa está também empenhada em desenvolver combustíveis renováveis com baixo teor de carbono para todos os meios de mobilidade, e deu passos importantes em 2022 no sentido de desenvolver a cadeia de valor do hidrogénio verde, amadurecendo simultaneamente o projeto HVO de 270 ktpa. Estes projetos serão essenciais para a descarbonização da refinaria de Sines e do portefólio da empresa, permitindo-lhe desenvolver e fornecer combustíveis com baixo teor de carbono para todos os meios de transporte.
Durante 2022, cerca de 306 000 m3 de biocombustíveis foram integrados no gasóleo (biodiesel e HVO) e na gasolina (bioetanol) vendidos pela Empresa, incluindo os cerca de 25,5 kton de biodiesel FAME de segunda geração produzidos pela Enerfuel. Isto representa aproximadamente 887 ktons de emissões de CO2 evitadas ao longo do ciclo de vida, quando comparado com um equivalente fóssil.
A Galp garantiu recentemente 1 mtpa de LNG a ser entregue ao longo de 20 anos a partir de 2027, do projeto Rio Grande LNG da NextDecade, no Texas. Este inclui um dos maiores projetos de Captura e Armazenamento de Carbono na América do Norte, reduzindo substancialmente as emissões do ciclo de vida do LNG associadas a este processo de utilização intensiva de energia, e a Galp tem a opção de adquirir volumes de LNG cujas emissões de liquefação foram capturadas.
- Armazenamento e utilização do carbono capturado (CCS)
O CSS é uma importante alternativa global aos cortes de emissões em setores de difícil redução, e é tida em consideração para cumprir as metas globais de net zero na maioria dos cenários. Está a ser implementado em particular pela indústria no Mar do Norte, onde existe um grande número de reservatórios esgotados para armazenamento. É uma possível ferramenta para as indústrias de utilização intensiva de energia, uma vez que a tecnologia está a amadurecer rapidamente, pelo que é prudente acompanhar os seus desenvolvimentos.
A Galp está a explorar uma série de caminhos e opções a longo prazo para mitigar, reduzir e utilizar o CO2 para além de 2030. Ainda é demasiado cedo para fornecer detalhes. Contudo, o nosso recente prémio de Inovação para tecnologias de captura e utilização de CO2 serve como exemplo do nosso trabalho proativo - envolvendo 70 empresas candidatas de 21 países diferentes - desde o uso de CO2 para combustíveis sintéticos, a produção de químicos e outros produtos geradores de valor.
Comercial
Em 2022, a Galp continuou a fornecer soluções de baixo carbono aos seus clientes, alargando a sua carteira para incluir novos combustíveis de baixa intensidade carbónica para a aviação e o transporte marítimo.
A empresa tornou-se pioneira no transporte aéreo e marítimo, fornecendo combustíveis com baixo teor de carbono para os primeiros voos a partir de Portugal movidos a combustível de aviação sustentável (SAF). Também anunciou uma parceria estratégica com a TAP e a ANA - Aeroportos de Portugal para desenvolver, produzir e fornecer SAF em grande escala, a partir de resíduos, óleos reciclados e outras matérias-primas sustentáveis. Em relação ao transporte marítimo, a Galp iniciou o fornecimento de matérias-primas residuais sustentáveis derivadas do gasóleo HVO a vários navios da Douro Azul, uma empresa portuguesa de cruzeiros, reduzindo em cerca de 80% as emissões provenientes do uso de combustível em cruzeiros na zona do Vale do Douro, a qual é Património Mundial.
Em 2022, a Galp Electric continuou a expandir a sua rede de pontos de carregamento que totalizava mais de 1950 pontos de carregamento em Portugal e Espanha, 26% dos quais são pontos de carregamento rápido ou ultrarrápido. As vendas de eletricidade para mobilidade aumentaram para 7,2 Gwh, o que corresponde a uma estimativa de cerca de 5,5 kton de emissões de CO2 evitadas quando comparadas com a mesma energia utilizada num veículo com motor de combustão interna, ao longo do ciclo de vida.
Galp e BMW
Em Espanha, a Galp e o grupo BMW juntaram-se para criar uma rede de 25 centros de carregamento ultrarrápido para veículos elétricos em itinerários chave de média e longa distância no país. O acordo abrange a instalação de mais de 100 pontos de carregamento ultrarrápidos alimentados por fontes renováveis, graças à instalação de painéis solares localizados na cobertura. A Galp e a BMW irão também colaborar no desenvolvimento de iniciativas de inovação aberta através do programa Upcoming Energies da Galp. A BMW participará na criação de sinergias, cocriação e cooperação para o desenvolvimento, bem como no lançamento e comercialização de projetos relacionados com a mobilidade elétrica.
Através da Galp Solar, uma das empresas de crescimento mais rápido na área da energia descentralizada na Península Ibérica, a Galp fornece soluções descentralizadas de produção e armazenamento de energia solar a clientes B2B e B2C, dentro dos setores residencial, comercial e industrial, utilizando tecnologia para fornecer soluções personalizadas e resultados de excelência. Em 2022, e com apenas 2 anos de funcionamento, a empresa já tinha completado 10.715 instalações em Portugal e Espanha (>3x crescimento homólogo) num total de 32 MW de painéis solares, quase triplicando a capacidade instalada e quadruplicando as receitas durante 2022 face ao ano anterior. Também instalou mais de 1.500 baterias nas suas instalações, o que ajudou os clientes a alcançar em média >60% de autossuficiência, combinando a produção e armazenamento de energia e proporcionando poupanças anuais adicionais. Estima-se que a produção total elétrica dos 32 MW dos equipamentos instalados desde 2010 seja de cerca de 3,4 GWh, e pensa-se ter evitado 0,5 ktCO2e em comparação com a mesma quantidade de eletricidade comprada à rede. A Galp Solar está também a trabalhar com a equipa de Inovação na autoprodução e consumo partilhados, planeando implementar 10 'Edifícios Solares' em Espanha e iniciar 5 Comunidades Solares em Portugal durante 2023.
A Galp transforma 100 estações de serviço em produtoras de energia solar
A Galp está a instalar painéis solares fotovoltaicos para autoconsumo em 100 das suas estações de serviço na Península Ibérica. Com este projeto a Empresa procura dar o exemplo na redução do seu consumo de energia importada, produzindo a sua própria energia renovável, sem emissões, ao mesmo tempo que poupa custos. O projeto abrange 2,5MWp instalados em 100 estações de serviço e estima-se que a empresa poupe mais de €750.000 durante a vida útil do painel solar.
Renováveis e novos negócios
A eletricidade renovável continuou a ser o principal foco da Galp nas tecnologias de baixo teor de carbono em 2022. A empresa aumentou e diversificou o seu portefólio de projetos de eletricidade renovável, tanto geograficamente como em termos de fontes de energia, chegando aos 9 GWp distribuídos entre a Península Ibérica e o Brasil, abrangendo tanto a energia solar como a eólica. Deste portefólio, 1,4 GWp já estão em funcionamento e produziram cerca de 1930 GWh durante 2022, o que se traduziu em cerca de 309 ktCO2e de emissões evitadas em comparação com a quantidade emitida pela produção de uma quantidade equivalente de eletricidade no local onde esta foi produzida.
Em 2922, a Aurora, joint venture da Galp com a Northvolt, continuou a avançar para o seu objetivo de construir a maior e mais sustentável fábrica de conversão de lítio da Europa, com a seleção do Parque Industrial Sapec Bay como local de construção desta infraestrutura, que será fundamental no desenvolvimento de oportunidades relacionadas com a cadeia de valor das baterias. Também completou o Estudo de Pré-Viabilidade para este projeto e atribuiu o Estudo de Viabilidade definitivo à Fluor. A JV também continuou a crescer a sua estrutura empresarial e nomeou o seu CEO, CFO e outros cargos relevantes, um passo fundamental para a concretização atempada do projeto. Embora a produção de hidróxido de lítio seja responsável por um pequeno aumento das emissões operacionais da Galp, este material pode ser utilizado para fabricar 50 GWh de produção de baterias por ano (suficiente para aproximadamente 700.000 veículos elétricos) e contribuir significativamente para a redução das emissões do setor dos transportes. De forma a assegurar que o impacto desta atividade é mitigado, a JV está totalmente focada em garantir a sustentabilidade das suas atividades. Em 2022, o foco passou por definir o âmbito do estudo de Avaliação de Impacto Ambiental, realizar uma análise completa do Ciclo de Vida (LCA) relativa aos resultados da fábrica, definir um roadmap para minimizar as emissões de CO2 e criar uma rede de compradores de subprodutos.
Centro corporativo
A Galp está também empenhada em reduzir o impacto e as emissões das suas atividades diárias nos seus escritórios e centro corporativo. Como tal, foram implementadas várias iniciativas relativas à eletrificação e à redução de resíduos em 2022, nomeadamente a eletrificação da frota de veículos ligeiros da empresa e a abolição dos plásticos de utilização única na nossa sede.
Eletrificação da frota de veículos ligeiros
Como uma empresa focada em oferecer soluções de mobilidade e operadora de uma frota de veículos ligeiros de grande dimensão (>1.200), a Galp está empenhada em oferecer soluções de mobilidade elétrica e a descarbonizar a sua frota própria. Com estes objetivos em mente, a empresa definiu em 2022 um roadmap para a eletrificação da sua frota de veículos ligeiros. Todos os novos veículos serão híbridos ou elétricos a partir de 2022 e totalmente elétricos a partir de 2025. A eletrificação total da frota está prevista para 2028, e evitará cerca de 5.000 ton CO2e/ano. Esta decisão foi precedida de um inquérito para avaliar as necessidades do projeto, bem como quaisquer possíveis obstáculos e a implementação ou acesso à solução de carregamento tanto em escritórios como em residências privadas.