Métricas de carbono

Métricas de carbono

Contribuímos de forma construtiva para o desenvolvimento de medidas apropriadas para superar os desafios da energia e clima.

Anualmente, a Galp monitoriza a pegada de carbono decorrente da sua atividade e cadeia de valor, englobando os âmbitos 1, 2 e 3 da sua atividade e cadeia de valor. 
  • Estamos comprometidos com a integralidade da análise das emissões decorrentes da nossa atividade e cadeia de valor, englobando não apenas as emissões diretas das nossas operações (âmbito 1), mas também as emissões indiretas decorrentes da eletricidade que adquirimos (âmbito 2) e das atividades mais relevantes na nossa cadeia de valor (âmbito 3).
Monitorizamos a pegada de carbono de forma regular e sistemática, considerando a sua evolução aquando da definição da estratégia, dos objetivos e metas.

Em 2018, realizámos uma revisão da metodologia de cálculo da pegada de carbono, promovendo o alargamento do mapeamento e reporte mais transparente das emissões indiretas, incluindo mais emissões de âmbito 3 como: bens e serviços adquiridos, atividades logísticas, viagens de negócios, processamento de produtos vendidos, uso de produtos e investimentos. Em 2021, revimos de novo as fronteiras de reporte e fontes de emissões para reforçar o alinhamento com as melhores praticas dentro do setor. Como tal, as emissões dos projetos Upstream não operados, anteriormente reportadas como emissões de âmbito 3 na categoria 15 – Investimentos, foram incluídas nas emissões de âmbito 1 e 2 da Empresa. As emissões de âmbito 3, categoria 11 – Uso de produto também passaram a contabilizar toda a produção de combustíveis nas refinarias ao invés de apenas os volumes vendidos a cliente final Galp, de acordo com o método “throughput” da IPIECA, enquanto o cálculo das emissões de scope 3 – categoria 10 – Processamento de produto vendido foi alterada para refletir unicamente o processamento do crude vendido a terceiros em refinarias. Esta atualização está alinhada com as melhores práticas aplicáveis ao sector Oil & Gas e com a análise de materialidade das fontes de emissão.

Pegada de Carbono

As emissões decorrentes da nossa atividade e cadeia de valor em 2022.

 

Unidade

2019

2020

2021

2022

Emissões diretas - Âmbito 1

 

 

 

 

 

Total

mtonCO2e

3,7

3,6

3,2

3,4

Upstream

ktonCO2e

456,6

496,3

490,0

733

Industrial & Midstream

ktonCO2e

3265,5

3073,9

2682,6

2703

Commercial

ktonCO2e

-

-

-

0,2

Renewables & New Businesses

-

-

-

-

-

Outros

ktonCO2e

5,5

4,2

4,7

5,2

Emissões indiretas - Âmbito 2 (market based)

 

 

 

 

 

Total

ktonCO2e

112,5

42,0

9,1

9,1

Upstream

ktonCO2e

29

3

0

0

Industrial & Midstream

ktonCO2e

98,8

35,0

8,5

0,6

Commercial

ktonCO2e

12,7

6,7

8,5

8,5

Renewables and New Businesses

-

-

-

-

-

Outros

ktonCO2e

0,9

0,3

0,03

0,03

Categorias relevantes de Âmbito 3

 

 

 

 

 

Bens e serviços adquiridos

mtonCO2e

6,5

4,6

5,6

4,7

Atividades relacionadas com combustívies e energia

mtonCO2e

0,9

0,9

1,1

1,0

Viagens de negócios

ktonCO2e

6,2

1,8

0,5

2,4

Transporte e distribuição (upstream e downstream)

mtonCO2e

0,7

0,3

0,3

0,6

Processamento de produtos vendidos

mtonCO2e

1,6

1,5

1,5

1,3

Utilização de produtos vendidos

mtonCO2e

48,4

39,6

37,8

38,6

Investimentos

mtonCO2e

0,2

0,2

0

0

 

t CO₂e - toneladas de dióxido de carbono equivalente

Nota metodológica: A pegada de carbono da Galp é anualmente elaborada segundo o quadro metodológico estabelecido pelo The GreenhouseGas Protocol – Corporate Accounting and Reporting Standard, complementado pela respetiva adaptação sectorial promovida pela International Petroleum Industry Environmental Conservation Association (IPIECA) – Compendium of Greenhouse Gas Emissions Methodologies for the Oil and Gas Industries.

Pressupostos: 1) Foram considerados os Global Warming Potential (GWP) for 100-year time horizon. Fonte: IPCC Fourth Assessment Report (AR4). 2) Inclui as emissões totais de Gás Flaring (Routine e Non-Routine).

Consulte a nossa pegada de carbono em maior detalhe nos indicadores de desempenho da Galp.

Intensidade Carbónica

Intensidade carbónica

O paradigma da energia no mundo está a evoluir e a Galp pretende desempenhar um papel ativo nessa transformação, juntando-se aos esforços para fazer face às alterações climáticas e cumprir os objetivos definidos pelo Acordo de Paris.

A Galp está empenhada em garantir a integridade e transparência na comunicação do seu desempenho ambiental, incluindo no que se refere às emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE).

Na Galp, desenvolvemos uma metodologia para calcular e avaliar a nossa intensidade carbónica, o que nos permite não só responder ao desafio da redução das emissões decorrentes das nossas operações, como também responder ao desafio futuro de satisfazer o aumento de procura de energia com uma menor pegada de carbono.

Foram desenvolvidas duas abordagens distintas para o cálculo da intensidade carbónica com o objetivo de calcular e avaliar a evolução das emissões de carbono emitidas pelos produtos energéticos comercializados e produzidos pela Galp.

Estas metodologias foram definidas e consolidadas ao longo de 2021 e refletem a realidade da Empresa até à data, mas poderão ser atualizadas no futuro para incorporar alterações na regulamentação, novas normas metodológicas e tecnologias disponíveis. No desenvolvimento destas metodologias, foram utilizadas como referência as seguintes diretrizes de GEE: GHG Protocol, Diretrizes da Indústria do Petróleo (IPIECA, API e IOGP), documentos de orientação da consulta da Science Based-Target Initiative (SBTi).

Abordagem baseada em vendas downstream 

Permite a quantificação das emissões de CO2 equivalente por unidade de energia entregue à sociedade pela Galp. A métrica inclui todas as emissões associadas às operações da Galp (âmbito 1 e 2), bem como as emissões indiretas (âmbito 3) ocorridas na cadeia de valor de todos os produtos vendidos, incluindo o uso de produtos vendidos (clientes da Galp, outros operadores e exportações) e compras a terceiras partes.

Esta métrica procura um alinhamento com as fronteiras e integração da cadeia de valor incluída no guia mais recente da SBTi para empresas de petróleo, gás e empresas integradas de energia (versão de 10 de agosto de 2020) e com a orientação da IPIECA (Global Oil and Gas Industry Association). Os resultados incluem todos os produtos petrolíferos refinados como vendas Galp - incluindo exportações e vendas a outros operadores - e não apenas produtos vendidos a clientes diretos da Galp, diferenciando-se da métrica de intensidade de vendas anunciada em 2020.


 
(Referência: 76,3 gCO2e/MJ em 2017)

Esta métrica inclui todos os produtos energéticos vendidos pela Galp, ou qualquer subsidiária (todos os combustíveis líquidos à base de petróleo refinado, gás, eletricidade, biocombustíveis e hidrogénio) e inclui as emissões (âmbito 1, 2 e 3) do ciclo de vida completo destes produtos - produção, transporte, transformação, distribuição e consumo (incluindo aproveitamento do produto vendido). As mesmas emissões são consideradas para produtos adquiridos a terceiros e vendidos ou transformados pela Galp.

Representação esquemática dos balanços e integrações feitos ao longo das cadeias de valor dos produtos energéticos Galp. Laranja: emissões calculadas a partir de operações Galp; Cinzento: emissões calculadas para produtos comprados a terceiros usando fatores de emissão externos e as emissões de uso final de produto.


 

Abordagem baseada na produção

Permite a quantificação das emissões de CO2 equivalente por unidade de energia primária produzida pela Galp (gCO2e / MJ).

Esta métrica considera as emissões de âmbito 1 (diretas) e 2 (indiretas) das atividades da Empresa e da categoria 11 do GHG Protocol (uso de produtos vendidos) considerando as emissões associadas ao uso (combustão) de toda a produção de óleo e gás da Galp. Exclui uma parcela de hidrocarbonetos que se considera não ter uso de energia (produtos químicos, plásticos, asfalto, etc.) de acordo com a orientação da SBTi. 


 
(Referência: 93 gCO2e/MJ em 2017)

 

Limites organizacionais

Ao contabilizar e relatar as emissões de GEE, é importante estabelecer claramente os limites organizacionais usados para consolidar os dados. A metodologia da Galp considera uma abordagem de equity share, em que as emissões são contabilizadas proporcionalmente à participação da Empresa no capital próprio de cada operação, independentemente do controlo / propriedade da Empresa sobre a operação. Esta abordagem reflete a percentagem de interesse económico, a qual é consistente com as normas internacionais de contabilidade e relatos financeiros.

A metodologia considera as operações da Galp nos segmentos Refinação e Midstream em Portugal, Comercial na Península Ibérica e África, participações em projetos Upstream no Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Namíbia e projetos Renováveis e Novos Negócios a nível mundial.

Assurance

Um especialista externo independente, a PwC, verificou a metodologia adotada no Modelo de Intensidade de Carbono (abordagem baseada em vendas downstream e abordagem baseada em produção). A PwC verificou que as metodologias estão adequadas, devidamente identificadas e referenciadas e que os pressupostos e dados de entrada utilizados nos cálculos efetuados são aceitáveis, razoáveis e estão devidamente fundamentados. Verificou-se também que os valores e premissas de entrada foram inseridos de forma adequada e precisa no Modelo de Intensidade de Carbono, considerando as orientações e referências do documento “Metodologia de Intensidade de Carbono”.

Metodologia

Para mais informação sobre a abordagem metodológica da Galp relativamente ao apuramento da intensidade carbónica, consulte a nossa “Metodologia de Intensidade de Carbono”.

 

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