Upstream em Moçambique

Uma das regiões mais relevantes para a futura produção de gás natural.
   
Consórcio: Galp (10%) Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (Operador, 70%) ENH (10%) Kogas (10%)
Área: 13.235 km²
Tipo: Águas rasas e ultraprofundas
Profundidade da água: 0 - 2.600 metros
Nº de blocos: 1

A Galp está presente em Moçambique no segmento de Upstream desde 2007. A entrada no país foi marcada pela assinatura do contrato de farm-in com a Eni e com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) para a exploração da Área 4, localizada em águas que vão desde profundidades rasas a ultraprofundas da bacia de Rovuma.

A dimensão dos volumes de gás no jazigo (GIIP) identificados na Área 4 da bacia do Rovuma posicionam-na como uma das regiões mais relevantes a nível mundial para a futura produção de gás natural.

Parceiros

A Galp tem os seguintes parceiros na Área 4:

  • A Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV) que detém uma participação de 70% na Área 4 e é constituída por:
    • ExxonMobil (operador do projeto Rovuma LNG) através de uma participação de 35,7% na MRV;
    • Eni (operador do projeto offshore Coral Sul FLNG) através de uma participação de 35,7% na MRV;
    • China National Petroleum Corporation (CNPC) através de uma participação de 28,6% na MRV;
  • Kogas com uma participação de 10%;
  • Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), que detém 10%.

Conceito de desenvolvimento da Área 4

Rovuma

Coral offshore

O projeto Coral Sul consiste na construção de uma unidade de liquefação de gás natural flutuante (FLNG) com uma capacidade superior a 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás natural liquefeito (GNL), a qual será conectada a seis poços.

A FLNG será alocada na parte sul da descoberta de Coral, a qual está exclusivamente localizada na Área 4, contendo cerca de 16 tcf de gas natural.

No final de 2016, o Conselho de Administração da Galp aprovou o investimento na área de Coral Sul, tendo a Decisão Final de Investimento (FID) no projeto sido tomada pelo consórcio já em 2017. Os parceiros assinaram o contrato de Engenharia, Aprovisionamento, Construção, Instalação e Comissionamento (EPCIC) para a unidade FLNG com o consórcio TJS (Technip, JGC, Samsung). 

O investimento total para o desenvolvimento upstream e midstream é estimado em c.$7 mil milhões (bn) e o início da produção é esperado em 2022. O consórcio para a Área 4 assegurou ainda o financiamento do projeto no montante de c.$5 bn, com um sindicato de ECAs (export credit agencies) e instituições financeiras internacionais.

Em outubro de 2016, o consórcio assinou um acordo com a BP para a venda do total de volumes produzidos através da unidade FLNG em Coral Sul, por um período de 20 anos.

Em 2019, o consórcio iniciou a campanha de perfuração na área do Coral, que prevê a realização de seis poços, a qual está a progredir de acordo com o cronograma do projeto.

Rovuma LNG onshore

A descoberta de Mamba destaca-se pela dimensão e qualidade dos seus recursos, que potenciam um projeto de elevada escala e custos operacionais unitários reduzidos. Aliados à localização geográfica desta área, isto deverá permitir uma elevada competitividade face a outros projetos de GNL.

Uma vez que os reservatórios se estendem entre a Área 4 e a adjacente Área 1, será necessária a aprovação do acordo de unitização, já submetido, pelo Governo de Moçambique.

O consórcio da Área 4 está a preparar a primeira fase de desenvolvimento da descoberta, havendo potencial para fases subsequentes. 

Em 2018, a Galp e o seus parceiros submeteram o Plano de Desenvolvimento para o projeto Rovuma LNG, considerando na primeira fase dois trains, cada um com a capacidade de 7,6 mtpa. 

Em maio de 2019, o Governo de Moçambique aprovou o Plano de Desenvolvimento para a Fase I do projeto Rovuma LNG e também aprovou os acordos para a compra e venda de GNL do projeto. A Joint Venture que está a desenvolver a Área 4 adjudicou o contrato EPC para o desenvolvimento das infraestruturas midstream da Fase I do projeto Rovuma LNG ao consórcio JFT, composto pela JGC, Fluor e TechnipFMC.

Os parceiros estão focados na conclusão das próximas etapas do projeto para a Decisão Final de Investimento, nomeadamente em assegurar o pacote de financiamento do projeto. É estimado que a produção de GNL se inicie na segunda metade desta década.