Como gerimos o risco

A Galp está exposta a riscos que podem ter um impacto negativo no seu desempenho operacional e financeiro, na sua reputação e na sua capitalização do mercado.

A gestão destes riscos baseia-se num Modelo de Gestão de Riscos, implementado através de um processo integrado, contínuo e dinâmico que envolve as unidades de negócio e as áreas corporativas da Galp, e que está sustentado na Política de Gestão de Riscos, no Modelo de Governo de Gestão de Riscos e no Manual de Controlo Interno, aprovados pelo Conselho de Administração.

Na Galp, a estrutura organizacional de governo da gestão de risco segue a metodologia COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e está estruturada de acordo com as três linhas do modelo organizacional de defesa, em cooperação com os órgãos de supervisão, tal como representado na figura abaixo:

A Galp possui uma estrutura de governo, procedimentos e sistemas que permitem à Empresa gerir os riscos a que está exposta, de modo que a gestão destes riscos seja parte integrante dos processos de tomada de decisão.

Para além dos principais riscos e oportunidades inerentes à atividade da Galp, identificamos abaixo os riscos emergentes, definidos como aqueles que (i) não têm atualmente um impacto significativo na Empresa, mas que apresentam um elevado grau de incerteza devido à sua rápida evolução, não-linearidade ou ambos; ou (ii) mesmo que já tenham começado a ter impacto nos negócios da Empresa, continuarão a ter impacto a longo prazo e poderão influenciar materialmente o modelo de negócio da Galp. É também descrita a forma como a Empresa os aborda e os mitiga.

Os resultados são discutidos em maior detalhe na Parte II deste relatório – Relatório de Governo Societário.

Alguns destes riscos são sensíveis aos fenómenos das alterações climáticas e aos cenários de transição para uma economia de baixo carbono, particularmente os que estão associados à regulamentação, às tendências futuras da procura, às flutuações dos preços das mercadorias e ao potencial aumento da concorrência. Dada a natureza emergente dos riscos associados às alterações climáticas no atual contexto energético, e face aos compromissos assumidos, a Galp incorporou-os no âmbito da sua análise de risco, juntamente com outros riscos emergentes. A Comissão de Sustentabilidade, apoiada pela Comissão de Gestão de Risco, é a comissão ao nível do CA responsável pelas questões relacionadas com o clima, sendo fundamental para auxiliar o Conselho de Administração na integração dos princípios de sustentabilidade no processo de tomada de decisão e garantir que os principais riscos e oportunidades que enfrentamos sejam identificados e geridos de forma contínua.

A análise de riscos e a matriz de risco resultante são regularmente discutidas com a Comissão Executiva e a Comissão de Gestão de Riscos.

A Galp definiu uma metodologia que permite à Empresa obter uma visão geral dos seus principais riscos, classificando-os de acordo com a sua materialidade, caracterizando-os de forma abrangente e robusta, avaliando a probabilidade de ocorrência, quantificando o seu impacto potencial (em resultados financeiros, valor dos acionistas, continuidade do negócio, ambiente, reputação, qualidade, saúde e segurança, e dimensões de capital humano) em cada unidade de negócio ou área empresarial, integrando-os, e identificando, quando apropriado, medidas de mitigação eficazes.

A Galp tem vindo também a trabalhar na identificação de riscos relacionados com o clima, considerados riscos estratégicos para a Empresa. A partir de 2021, esses riscos são avaliados anualmente para todas as unidades de negócios e geografias usando modelação baseada em cenários. Este procedimento visa avaliar a resiliência da estratégia da Empresa a diferentes cenários climáticos e integrar os riscos associados mais relevantes no framework de gestão de riscos.

Os riscos principais e emergentes da Galp são apresentados abaixo, com base na sua criticidade em termos de "probabilidade x impacto".

Imprimir

Partilhar: