20/02/2018 | Institucional

Galp mantém investimento e diversifica mix energético

A Galp está a preparar a sua próxima fase de crescimento, prevendo manter o ritmo de investimento e apostando em projetos criadores de valor

  • Investimento anual próximo dos mil milhões de euros
  • Aposta em mix energético com menor intensidade carbónica com investimentos em gás natural e renováveis em mercado
  • Brasil mantém-se como grande motor de crescimento e Moçambique é eixo estratégico para a próxima década 
  • Galp propõe aumento de 10% do dividendo, para €0,55 por ação

A Galp está a preparar a sua próxima fase de crescimento, prevendo manter o ritmo de investimento e apostando em projetos criadores de valor, não apenas no upstream, que tem alimentado o seu crescimento acelerado nos últimos anos, mas preparando o caminho para oportunidades de negócio relacionados com soluções de menor intensidade carbónica.

Nesta terça-feira, em Londres, a empresa atualiza o seu plano de investimentos até 2020 e define as linhas estratégicas orientadoras para a próxima década, numa altura em que os grandes investi-mentos da última década começam a libertar mais cash do que aquele que absorvem.

O investimento irá centrar-se em projetos de elevado valor acrescentado, com foco inequívoco na exploração e produção de petróleo e gás (E&P). Mas a Galp irá igualmente desenvolver de forma equilibrada os restantes pilares da sua atividade, reforçando a robustez da sua atividade downstream e lançando as bases para uma área ligada à geração de energia a partir de fontes renováveis em mercado, reforçando a sustentabilidade da empresa.

Nesta fase inicial, este compromisso irá contar com um mínimo de 5% do investimento anual até 2020, uma proporção que deverá aumentar nos anos seguintes até próximo dos 15% à medida que forem surgindo novas oportunidades e a Galp for reforçando a sua presença neste setor.

Na apresentação da estratégia, no âmbito do Capital Markets Day, o encontro anual entre a gestão de topo da empresa e a comunidade financeira, a Galp anuncia que, em 2018, o investimento estará compreendido entre os mil milhões e os 1,1 mil milhões de euros. Em média, no período 2018-2020, o investimento anual rondará os mil milhões de euros.

Até 2020, o E&P continuará a representar cerca de 70% do investimento total. O Brasil deverá absorver cerca de metade deste valor e Moçambique cerca de um terço, na sequência do arranque do projeto de LNG na bacia do Rovuma. Angola e as atividades de exploração e avaliação serão res-ponsáveis pela restante fatia do investimento em E&P.

Na área da Exploração e Produção (E&P), a Galp produz atualmente cerca de 100 mil barris por dia e prevê aumentar essa produção em cerca de 50% até 2020, tendo já no seu portfólio um conjun-to de projetos que permitirão a continuação do crescimento durante a próxima década. Em termos geográficos, a empresa está disponível para analisar de forma seletiva oportunidades que permitam reforçar a sua estratégia, como sucedeu recentemente com o recente reforço da presença no pré-sal.

Já em Moçambique, a Galp e os seus parceiros estão a desenvolver uma unidade de liquefação flutuante a instalar na área de Coral Sul, a primeira unidade a desenvolver as descobertas da bacia do Rovuma, e a preparar o desenvolvimento do projeto de Mamba. Este será um projeto cuja dimensão e competitividade permitirá a Moçambique ser um dos principais produtores desta forma de energia, cuja procura continuará em forte crescimento durante a próxima década, prevendo-se ainda que seja um projeto verdadeiramente transformador do país.

Será igualmente um projeto-chave no posicionamento da Galp na transição para uma economia mais sustentável, reforçando a importância do gás natural na sua carteira de ativos.

O gás natural é uma fonte de energia primária essencial para a redução das emissões mundiais de CO2, substituindo o carvão na produção de eletricidade e sendo a fonte mais eficiente, fiável e competitiva numa série de outras utilizações, na indústria, transportes e como backup das renováveis.

Brasil alimenta crescimento

A produção working interest de petróleo e gás deverá registar uma taxa média de crescimento anu-al (CAGR) entre os 15% e os 20% em 2018, e esperando-se que atinja os 150 kboepd em 2020. Para isso, contribuirão as cinco unidades flutuantes de produção que entrarão em operação nos próximos dois anos – três no Brasil e duas em Angola – que se somam às nove que a Galp e os seus parceiros hoje já operam, sete das quais no Brasil. Será o crescimento da produção no Pré-Sal brasileiro a principal alavanca de crescimento.

Após 2020, a Galp prevê desenvolver uma carteira de projetos já identificados no Brasil e em Moçambique, cujo desenvolvimento lhe permitirá assegurar um crescimento sustentável ao longo da próxima década.

No downstream, a prioridade passa por otimizar e expandir a sua presença, quer no negócio do petróleo, quer no gás e eletricidade.

Na área da Refinação e Distribuição, a empresa pretende implementar vários projetos que aumentem a eficiência energética e incrementem a capacidade de conversão.

Na distribuição, a Galp vai procurar incrementar as suas quotas de mercado em Portugal e Espanha, apostando na digitalização e num novo tipo de relacionamento mais próximo dos seus clientes. Procurará ainda expandir as suas atividades de distribuição no continente africano.

No Gas & Power, a redução das oportunidades de trading nos mercados internacionais poderá limitar as perspetivas de crescimento no curto prazo. A empresa continuará a procurar captar oportunidades nessa área, mas também procura melhorar a eficiência na distribuição no mercado ibérico, onde aposta igualmente na digitalização para abrir uma nova era no relacionamento com os clientes e aumentar a sua quota de mercado.

Perspetivas financeiras e dividendo

O EBITDA deverá situar-se entre €1,8 e €1,9 mil milhões em 2018, assumindo um preço de referência do Brent de $60. O cash flow das operações (CFFO) deverá registar aumentos anuais médios superiores a 10% entre 2017 e 2020, alavancado pelo ramp-up da produção e na expectativa de uma recuperação do preço do barril do brent em 2020.

O CFFO do upstream ao longo do mesmo período deverá progredir na ordem dos 30% ao ano, enquanto o do downstream deverá estabilizar entre os €800 milhões e os €900 milhões.

Face a estas perspetivas, o conselho de administração da Galp decidiu vir a propor à assembleia geral um aumento do dividendo em 10%, para €0,55 por ação, que constituirá a referênciapara os próximos anos. A evolução deste valor ficará dependente da geração de caixa e da identificação de oportunidades criadoras de valor, mantendo o compromisso de disciplina financeira, traduzido num rácio de dívida sobre EBITDA inferior a 2x.

A Galp é uma empresa de energia de base portuguesa, de capital aberto com presença internacional. As nossas atividades abrangem todas as fases da cadeia de valor do setor energético, da prospeção e extração de petróleo e gás natural, a partir de reservatórios situados quilómetros abaixo da superfície marítima, até ao desenvolvimento de soluções energéticas eficientes e ambientalmente sustentáveis para os nossos clientes – sejam grandes indústrias que procuram aumentar a sua competitividade, ou consumidores individuais que buscam as soluções mais flexíveis para as suas casas e necessidades de mobilidade. Contribuímos ainda para o desenvolvimento económico dos 11 países em que operamos e para o progresso social das comunidades que nos acolhem. A Galp emprega 6.750 pessoas.

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