21/02/2017 | Governo e sociedade

Resultados 12M2016

Aumento da produção no Brasil suporta resultados

Aumento da produção no Brasil suporta resultados

A produção total (working interest) de petróleo e gás natural foi de 67,6 kboepd, um aumento de 48% face a 2015, o que se deveu à maior contribuição do pré-sal brasileiro com a entrada em produção de duas novas FPSO (Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema) e o ramp-up de outras das seis já ali instaladas. A produção net entitlement (líquida) aumentou 51% para 65,1 mboepd.

A margem de refinação da Galp foi de $4,3 por barril, o que compara com $6,0 no período homólogo, reflexo da descida das margens de refinação internacionais. A comercialização de produtos petrolíferos manteve uma contribuição estável para os resultados.

As vendas totais de gás natural foram de 7.065 Mm³, uma queda de 8% face ao período homólogo, explicada essencialmente pela descida dos volumes vendidos no segmento de trading.

O Ebitda consolidado do Grupo em base ajustada (RCA) totalizou €1.411 milhões, menos €127 milhões do que no período homólogo.

O investimento totalizou €1.218 milhões, 85% dos quais foram aplicados nos projetos de E&P.

O resultado líquido (RCA) totalizou €483 milhões, menos €156 milhões do que no período homólogo.

O resultado líquido de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) foi de €179 milhões. O impacto dos eventos não recorrentes, incluindo imparidades, foi de €324 milhões.

No final do período, a dívida líquida do Grupo situava-se em €1.870 milhões, um decréscimo de €552 milhões face ao final de 2015. Considerando o empréstimo à Sinopec de €610 milhões como caixa e equivalentes, a dívida líquida situava-se em €1.260 milhões, resultando um rácio de dívida líquida para Ebitda de 1,0x.

 EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO

Em 2106, a produção média working interest de petróleo e gás natural aumentou 48%, atingindo os 67,6 kboepd, sendo que c. 92% correspondeu a produção de petróleo.

Este aumento deveu-se à maior contribuição do pré-sal brasileiro com a entrada e operação das FPSO Cidade de Maricá (#5) e Cidade de Saquarema (#6), bem como ao ramp-up da produção das FPSO Cidade de Itaguaí (#4) e Cidade de Mangaratiba (#3).

A exportação de gás natural aumentou 2,0 kboepd para os 5,3 kboepd, na sequência da conexão das FPSO Cidade de Mangaratiba (#3), Cidade de Itaguaí (#4) e Cidade de Maricá (#5) à infraestrutura de exportação de gás. Do total de gás exportado, 4,8 kboepd tiveram origem na área de Lula/Iracema.

A produção net entitlement foi de 65,1 kboepd, um aumento de 51% face a 2015, em linha com a pro-dução working interest. Em Angola, a produção net entitlement foi de 7,3 kbopd, em linha com a pro-dução de 2015. A produção proveniente do Brasil representou 89% do total da produção net entitle-ment no período, o que compara com 83% no período homólogo.

O resultado operacional (Ebit) a custo de substituição ajustado (RCA) foi €239 milhões, um aumento de €97 milhões face ao ano de 2015.

REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO

Durante o ano de 2016, a margem de refinação da Galp foi de $4,3/boe, menos $1,7/boe do que no período homólogo, refletindo a descida das margens de refinação nos mercados internacionais.

Foram processados cerca de 109,7 milhões de barris (Mboe) de matérias-primas, uma diminuição de 4% face a 2015. Esta redução refletiu maioritariamente as paragens planeadas das refinarias em Sines e em Matosinhos ao longo do ano.

O crude representou 92% das matérias-primas processadas, sendo que 83% correspondeu a crudes médios e pesados. A gasolina representou 23% da produção de 2016 e os destilados médios totalizam 46% da produção total. Os consumos e quebras no período representaram 7% das matérias-primas processadas.

Os volumes vendidos a clientes diretos situaram-se nos 8,8 milhões de toneladas, uma redução de 3% face a 2015, refletindo a otimização do portefólio de clientes. O volume de vendas em África aumentou 7% face a 2015, representando 9% do volume total de vendas a clientes diretos durante 2016.

No final de dezembro o número de estações de serviço era de 1.449, mais 14 do que no período homólogo, enquanto a rede de lojas de conveniência totaliza hoje 836, quatro a mais do que há um ano. Esta expansão ocorreu em África.
O Ebit RCA desceu para os €257 milhões, menos €248 milhões do que no período homólogo, refletindo o ambiente adverso das margens de refinação nos mercados internacionais durante o período.

GAS 6 POWER

As vendas de gás natural totalizaram 7.065 milhões de metros cúbicos (Mm³) durante 2016, uma diminuição de 8% face a 2015, que refletiu essencialmente a descida dos volumes vendidos no segmento de trading.

Os volumes transacionados no mercado internacional diminuíram 14% para os 3.285 Mm³, reflexo das menores oportunidades no mercado internacional. Foram efetuadas 25 operações de trading de GNL, menos oito do que no período homólogo. Os volumes de trading de rede situaram-se nos 1.151 Mm3.

Os volumes vendidos a clientes diretos reduziram 2%, impactados pela queda de 6% dos volumes vendidos no segmento convencional, devido essencialmente ao aumento da concorrência no segmento industrial. Também a venda, durante 2015, das atividades de comercialização relacionadas com o segmento residencial espanhol contribuiu para a descida das vendas neste segmento.

As vendas de eletricidade totalizaram 5.010 GWh, um aumento de 374 GWh face ao período homólogo, devido essencialmente à maior produção nos parques eólicos em que a Galp participa e também ao aumento das vendas de eletricidade à rede pelas cogerações nas refinarias.

O Ebit RCA situou-se nos €253 milhões, uma diminuição de €49 milhões face ao período homólogo.

INVESTIMENTO

O investimento em 2016 totalizou €1.218 milhões, com o investimento nos projetos de E&P a representar 85% do total.
Este investimento no E&P foi, na sua maioria, alocado a atividades de desenvolvimento do bloco BM-S-11 no Brasil, representando 73% do investimento em desenvolvimento e produção. O investimento em atividades de exploração e avaliação situou-se em €37 milhões.
O investimento nas atividades de downstream e gás atingiu os €175 milhões, tendo sido alocado, entre outros, a atividade de manutenção, à contínua renovação da rede de retalho de produtos petrolíferos e da infraestrutura de gás natural, bem como à melhoria dos sistemas de informação.

 ENVOLVENTE DE MERCADO
DATED BRENT

Em 2016, o valor médio do dated Brent foi de $43,7/bbl, uma redução de $8,7/bbl face ao ano ante-rior. Durante o ano, o diferencial entre o preço do dated Brent e o Urals aumentou $0,6/bbl face ao valor de 2015, para $2,1/bbl.
GÁS NATURAL
Em 2016, o valor médio do preço do gás natural na Europa (NBP) foi de $4,7/mmbtu, o que corres-pondeu a uma diminuição de $1,5/mmbtu face ao ano anterior. O valor médio do preço asiático de referência (JKM) foi de $5,7/mmbtu, o que correspondeu a uma diminuição de $1,7/mmbtu face ao ano anterior.
MARGENS DE REFINAÇÃO
Em 2016, a margem de refinação benchmark situou-se em $3,1/bbl, menos $2,1/bbl do que em 2015, devido aos menores cracks da gasolina e do gasóleo, que diminuíram respetivamente $4,4/bbl e $5,2/bbl, pressionados pelo aumento dos stocks ao longo do ano.
MERCADO IBÉRICO
O mercado ibérico de produtos petrolíferos aumentou de 60,1 milhões de toneladas (Mt) em 2015 para 61,7 Mt em 2016.
O mercado ibérico de gás natural situou-se em 32.338 Mm³, uma subida de 2,7% face a 2015, que se deveu ao aumento da procura de gás na produção de eletricidade em Portugal, bem como ao aumento do consumo convencional no mercado espanhol.

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