29/07/2016 | Governo e sociedade

Resultados do 1º semestre de 2016

Crescimento da produção atenua impacto do contexto adverso

A produção total (working interest) de petróleo e gás natural foi de 55,5 mboepd, um aumento de 30% face ao primeiro semestre de 2015, em virtude do aumento da produção no Brasil, com a entrada em produção das FPSO Cidade de Itaguaí (#4) e Cidade de Maricá (#5) e o aumento de produção da FPSO Cidade de Mangaratiba (#3). A produção net entitlement (líquida) aumentou 33% para 53,0 mboepd.
A margem de refinação da Galp diminui $2,3 por barril, situando-se nos $4,3/boe, refletindo o ambiente mais adverso dos mercados internacionais. A comercialização de produtos petrolíferos manteve uma contribuição estável para os resultados, apesar da descida nos volumes vendidos.
As vendas totais de gás natural foram de 3.454 Mm³, uma queda de 15% face ao período homólogo, explicada essencialmente pela descida dos volumes vendidos nos mercados internacionais.
O Ebitda consolidado do Grupo em base ajustada (RCA) totalizou €631 milhões, menos 23% do que no período homólogo. 
O investimento foi de €630 milhões, 89% dos quais foram aplicados no negócio de E&P.
O resultado líquido (RCA) totalizou €247 milhões, menos €63 milhões do que no semestre homólogo. O resultado líquido de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) foi de €8 milhões, incluindo um efeito stock positivo de €61 milhões e eventos não recorrentes com um impacto total adicional de €178 milhões.
No final do semestre, a dívida líquida do Grupo situava-se em €1.891 milhões, considerando o empréstimo à Sinopec como caixa e equivalentes, sendo o rácio dívida líquida para Ebitda de 1,6x.

 

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

No primeiro semestre de 2016, a produção média working interest de petróleo e gás natural aumentou 30%, atingindo os 55,5 mboepd, sendo que 94% correspondeu a produção de petróleo. A produção proveniente do Brasil aumentou 13,2 mboepd face ao período homólogo, para 45,4 mboepd.
Este aumento deveu-se sobretudo à entrada em produção da FPSO Cidade de Itaguaí (#4) e FPSO Cidade de Maricá (#5) e ao aumento da produção da FPSO Cidade de Mangaratiba (#3).
A produção net entitlement foi de 53,0 mboepd, um aumento de 33% face ao primeiro trimestre de 2015, evolução em linha com a produção working interest. Em Angola, a produção net entitlement foi de 7,5 mbopd, em linha com o período homólogo. A produção proveniente do Brasil representou 86% do total da produção net entitlement no período, o que compara com 81% no período homólogo.
O resultado operacional (Ebit) a custo de substituição ajustado (RCA) foi €2 milhões, uma redução de €97 milhões face ao primeiro semestre de 2015, uma vez que o aumento da produção não foi suficiente para compensar na totalidade a queda do preço do petróleo.

 

REFINAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

No primeiro semestre de 2016, a margem de refinação da Galp foi de $4,3/boe, menos $2,3/boe do que no primeiro semestre de 2015, refletindo a descida das margens de refinação nos mercados internacionais.
Foram processados cerca de 51,5 milhões de barris (mmbbl) de matérias-primas, uma diminuição de 8% face ao 1º semestre de 2015. Esta redução refletiu a paragem do hydrocracker em Sines no primeiro trimestre e a paragem planeada para manutenção de várias unidades em Matosinhos no segundo trimestre.
O crude representou 92% das matérias-primas processadas, sendo que 78% correspondeu a crudes médios e pesados. A gasolina representou 25% da produção, mais 3 p.p. face ao período homólogo. Os destilados médios representaram 46% da produção total, em linha com o primeiro semestre de 2015. Os consumos e quebras no semestre representaram 7% das matérias-primas processadas.
Os volumes vendidos a clientes diretos situaram-se nos 4,4 milhões de toneladas, uma redução de 3% face ao primeiro semestre de 2015, refletindo a otimização do portefólio de clientes. O volume de vendas em África representou 8% do volume total de vendas a clientes diretos, um contributo em linha com o período homólogo.
No final de junho o número de estações de serviço era de 1.439, em linha com o período homólogo, tendo-se verificado um aumento das lojas de conveniência para 825.
O Ebit RCA atingiu os €149 milhões, menos €84 milhões do que no semestre homólogo, refletindo o ambiente adverso das margens de refinação nos mercados internacionais durante o período.

 

GAS E POWER

As vendas de gás natural totalizaram 3.454 milhões de metros cúbicos (Mm³) durante o primeiro semestre de 2016, uma diminuição de 15% face ao período homólogo que refletiu a descida dos volumes vendidos no segmento de trading.
Os volumes transacionados no mercado internacional diminuíram 22% para os 1.672 Mm³, reflexo das menores oportunidades no mercado internacional. Foram efetuadas 14 operações de trading de GNL, menos quatro do que no primeiro semestre de 2015.
Os volumes vendidos a clientes diretos reduziram-se em 7%, impactados pela queda dos volumes vendidos no segmento industrial no primeiro trimestre de 2016.
As vendas de eletricidade totalizaram 2.421 GWh, um aumento de 174 GWh face ao período homólogo, devido essencialmente ao aumento da atividade de comercialização.
O Ebit RCA situou-se nos €156 milhões, uma diminuição de €29 milhões face ao primeiro semestre de 2015, refletindo uma desaceleração da atividade de comercialização de gás natural na generalidade dos segmentos.

 

INVESTIMENTO

O investimento no primeiro semestre de 2016 totalizou €630 milhões, com o investimento no negócio de E&P a representar 89% do total.
O investimento no negócio de E&P foi na sua maioria alocado a atividades de desenvolvimento e produção, tendo o investimento no Brasil representado 75% daquele total. O investimento em atividades de exploração e avaliação situou-se em €21 milhões no período.
O investimento nas atividades de downstream e gás atingiu os €68 milhões, incluindo investimento

ENVOLVENTE DO MERCADO

 

DATED BRENT

No primeiro semestre de 2016, o valor médio do dated Brent foi de $39,8/bbl, o que correspondeu a uma diminuição de $18,0/bbl.

 

GÁS NATURAL
O preço do gás natural na Europa (NBP) foi de 30,2 GBp/therm no primeiro semestre de 2016, o que correspondeu a uma diminuição de 15,3 GBp/therm no mesmo período de 2015. O preço asiático de referência de GNL (JKM) reduziu de $2,7/mmbtu no primeiro semestre de 2016 para $4,8/mmbtu.

 

MARGENS DE REFINAÇÃO
No primeiro semestre de 2016, a margem de refinação benchmark diminuiu $2,2/bbl face ao período homólogo de 2015 para $3,1/bbl, devido sobretudo à evolução negativa do crack da gasolina e do gasóleo que diminuíram $11,5/bbl e $7,7/bbl.

 

MERCADO IBÉRICO
No primeiro semestre de 2016, o mercado ibérico de produtos petrolíferos subiu 1,9% totalizando 30,1 milhões de toneladas (Mt).
O mercado de gás natural na Península Ibérica desceu 2% face ao período homólogo, fixando-se nos 15.674 mm³.
na manutenção planeada nas refinarias.

 

AÇÃO GALP

No primeiro semestre de 2016, a ação da Galp valorizou 17% face à cotação de fecho de 2015, tendo o volume transacionado atingido os 211 milhões de ações em mercados regulamentados.
O volume médio diário de ações transacionadas nos mercados regulamentados foi de 1,7 milhões de ações.

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