27/08/2012 | Refinarias

Refinaria de Matosinhos recebe pela primeira vez petróleo produzido pela Galp Energia no Brasil

Decorreu este fim de semana, no Porto de Leixões, a primeira descarga de petróleo produzido pela Galp Energia no campo Lula, situado na bacia de Santos, no Brasil. As 138 mil toneladas de crude “LULA”, que correspondem a sete mil camiões de crude, foram descarregadas através da monobóia, uma instalação offshore para descarga de navios de elevada capacidade em alto mar, e destinam-se ao abastecimento das refinarias da Galp Energia.

 

Decorreu este fim de semana, no Porto de Leixões, a primeira descarga de petróleo produzido pela Galp Energia no campo Lula, situado na bacia de Santos, no Brasil. As 138 mil toneladas de crude “LULA”, que correspondem a sete mil camiões de crude, foram descarregadas através da monobóia, uma instalação offshore para descarga de navios de elevada capacidade em alto mar, e destinam-se ao abastecimento das refinarias da Galp Energia.

A descarga agora realizada, a primeira com destino à Europa, só foi possível graças aos significativos investimentos que a Galp Energia tem realizado. Nos últimos anos, a empresa investiu fortemente no aumento do seu portfólio de exploração e produção, nomeadamente no Brasil, que constitui uma das principais frentes de desenvolvimento da sua estratégia nesta área de negócio. Também na área da refinação, os investimentos realizados na modernização do seu aparelho refinador vieram permitir tratar um maior número de crudes, nomeadamente crudes com maior viscosidade, como o que agora chega do Brasil.

A estratégia que tem vindo a ser seguida permitiu à Galp Energia tornar-se no operador integrado de energia que é hoje, presente em toda a cadeia de valor do petróleo e gás natural, desde a exploração e produção, passando pela refinação, até chegar ao consumidor final.

Conversão das refinarias, o maior investimento industrial de sempre em Portugal

O projeto de conversão representa um investimento total de cerca de €1.4 mil milhões, dos quais 75% na refinaria de Sines e 25% na refinaria de Matosinhos. É o maior investimento levado a cabo na indústria portuguesa e permitirá aumentar a produção de gasóleo até 2,5 milhões de toneladas, através da diminuição da produção de fuelóleo. Assim, não só o país passará a produzir todo o gasóleo de que necessita, como passará de importador a exportador líquido deste combustível, com reflexos positivos ao nível da balança portuguesa de pagamentos, calculados em cerca de 450 milhões de euros por ano.

É estimado que o projeto de conversão venha também a representar uma poupança de mais de 6% na fatura anual de energia do país e a assegurar não só uma maior cobertura da atividade de refinação como também um incremento da segurança do abastecimento energético nacional. O contributo do projeto para a economia nacional traduz-se ainda na criação, a título permanente, de 150 postos de trabalho diretos qualificados, bem como 450 indiretos. A estes, há que somar os facultados nas fases de construção que chegaram a ultrapassar os 7000 nas duas refinarias.

Projeto Lula

Com uma produção que atualmente se situa em cerca de 91 mil barris de petróleo por dia, o campo Lula tem em operação uma unidade de produção, armazenagem e descarga, a FPSO Cidade Angra dos Reis com uma capacidade de produção total de 120.000 barris por dia. O plano de desenvolvimento do campo Lula prevê a instalação de nove FPSO (floating production, storage and offloading) até 2017, o que representa uma capacidade acumulada de produção de 1.270 mil barris de petróleo por dia (mboepd). A Galp Energia, através da sua subsidiária Petrogal Brasil, detém 10% de participação no consórcio que explora o bloco BM-S-11, cabendo 65% à Petrobras, operadora do bloco, e 25% à BG Group.

O campo Lula situa-se numa das mais ricas bacias petrolíferas da atualidade, a bacia de Santos, a cerca de 300 quilómetros da costa ao largo do Rio de Janeiro. Anunciada pelo consórcio de exploração do bloco BM-S-11 em 2007, as descobertas das áreas Lula e Cernambi (ex-Tupi e Iracema) constituem uma das maiores descobertas petrolíferas da última década, com reservas recuperáveis estimadas em cerca oito mil milhões de barris de petróleo de elevada qualidade.

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