29/07/2011 | Resultados

GALP ENERGIA REGISTA RESULTADO LÍQUIDO DE €111 MILHÕES NO PRIMEIRO

  • A produção net entitlement de crude no primeiro semestre de 2011 foi de 11,7 mil barris diários (mbopd), dos quais 22% já corresponderam ao campo Lula no Brasil;
  •  A margem de refinação da Galp Energia foi de Usd 0,8/bbl no primeiro semestre, face aos Usd 3,0/bbl no período homólogo, seguindo a evolução negativa das margens de refinação nos mercados internacionais;
  •  O negócio de distribuição de produtos petrolíferos foi negativamente afectado pelo contexto económico na Península Ibérica, onde as vendas de produtos petrolíferos em Portugal e Espanha registaram descidas de 6% e 2%, respectivamente;
  • O volume vendido de gás natural aumentou 22% no primeiro semestre em relação ao período homólogo, para 2.792 milhões de metros cúbicos, para o que contribuíram as vendas da Madrileña Gas e as vendas ao segmento eléctrico;
  • O EBITDA RCA no primeiro semestre de 2011 foi de €365 milhões, uma diminuição anual de 20%, o que se deveu sobretudo ao desempenho desfavorável no segmento de negócio de Refinação & Distribuição;
  • O resultado líquido RCA atingiu €111 milhões no primeiro semestre de 2011, uma descida de 36%, correspondendo a €0,13 por acção;
  • O investimento aumentou 23% face ao semestre homólogo, atingindo €590 milhões, mais de metade dos quais foram aplicados em Portugal, no projecto de conversão das refinarias do Porto e de Sines.

  • A produção net entitlement de crude no primeiro semestre de 2011 foi de 11,7 mil barris diários (mbopd), dos quais 22% já corresponderam ao campo Lula no Brasil;
  • A margem de refinação da Galp Energia foi de Usd 0,8/bbl no primeiro semestre, face aos Usd 3,0/bbl no período homólogo, seguindo a evolução negativa das margens de refinação nos mercados internacionais;
  • O negócio de distribuição de produtos petrolíferos foi negativamente afectado pelo contexto económico na Península Ibérica, onde as vendas de produtos petrolíferos em Portugal e Espanha registaram descidas de 6% e 2%, respectivamente;
  • O volume vendido de gás natural aumentou 22% no primeiro semestre em relação ao período homólogo, para 2.792 milhões de metros cúbicos, para o que contribuíram as vendas da Madrileña Gas e as vendas ao segmento eléctrico;
  • O EBITDA RCA no primeiro semestre de 2011 foi de €365 milhões, uma diminuição anual de 20%, o que se deveu sobretudo ao desempenho desfavorável no segmento de negócio de Refinação & Distribuição;
  • O resultado líquido RCA atingiu €111 milhões no primeiro semestre de 2011, uma descida de 36%, correspondendo a €0,13 por acção;
  • O investimento aumentou 23% face ao semestre homólogo, atingindo €590 milhões, mais de metade dos quais foram aplicados em Portugal, no projecto de conversão das refinarias do Porto e de Sines.

 

INDICADORES FINANCEIROS
 
No primeiro semestre de 2011, o resultado líquido RCA foi de €111 milhões, ou seja, menos €63 milhões do que no período homólogo de 2010, o que ficou a dever-se principalmente à diminuição da margem de refinação, à quebra nas vendas de produtos petrolíferos e também ao menor crude processado devido à paragem técnica da refinaria de Sines no primeiro trimestre de 2011.
 
EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO
 
No primeiro semestre de 2011, a produção working interest aumentou 7% face ao período homólogo de 2010 para 20,4 mbopd. Este aumento deveu-se sobretudo ao incremento da produção proveniente do campo Lula, no Brasil, mas também ao aumento da produção em Angola, essencialmente do CPT Tômbua-Lândana.

A produção net entitlement no primeiro semestre de 2011 foi de 11,7 mbopd, em linha com o período homólogo de 2010, devido ao aumento da produção proveniente do Brasil que compensou a diminuição da produção em Angola, a qual foi afectada pela redução das taxas de produção, associado aos mecanismos de recuperação de custos do PSA (Production Sharement Agreement). A produção do Brasil, de 2,6 mbopd, representou 22% do total da produção net entitlement.
O resultado operacional a custo de substituição ajustado do primeiro semestre de 2011 foi de €51 milhões, face aos €54 milhões no período homólogo de 2010, um decréscimo de 5%, que se deveu ao aumento das amortizações, não obstante o aumento de 32% do preço médio de venda do crude em Angola.

 

REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS
 
No primeiro semestre de 2011, o crude processado foi de 34 milhões de barris, menos 9 milhões de barris do que no período homólogo de 2010, uma diminuição que se deveu à paragem técnica na refinaria de Sines ocorrida no primeiro trimestre de 2011 e que durou cerca de 40 dias. Assim, a taxa de utilização das refinarias foi de 58%, abaixo do valor de 78% registado no primeiro semestre de 2010.

O volume de vendas a clientes directos foi de 5,1 milhões de toneladas, abaixo do período homólogo, principalmente devido à contracção do mercado de produtos petrolíferos, tanto em Portugal como em Espanha (6% e 2% respectivamente). No entanto, é de salientar que as vendas de produtos petrolíferos em África no primeiro semestre registaram uma evolução positiva de 9% para 327 mil toneladas, confirmando a evolução positiva deste negócio naquele continente.

As exportações no primeiro semestre de 2011 foram de 1,2 milhões de toneladas, menos 0,3 milhões toneladas do que no primeiro semestre de 2010 e com o fuel óleo e a gasolina a representarem a maioria dos produtos exportados, com um peso de 42% e 22%, respectivamente. A descida no volume das exportações reflectiu a paragem técnica da refinaria de Sines no primeiro trimestre de 2011.

No primeiro semestre de 2011, o resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €20 milhões, muito abaixo dos €102 milhões do período homólogo. Esta evolução foi consequência do menor volume de crude processado, da diminuição da margem de refinação e da contracção do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica.

 

GAS & POWER
 

As vendas de gás natural no primeiro semestre de 2011 foram de 2.792 milhões de metros cúbicos, um aumento de 22% face ao mesmo período de 2010, devido, sobretudo, a um forte contributo da actividade de trading e das vendas no segmento residencial e comercial.

As vendas de electricidade à rede, no primeiro semestre de 2011, foram de 547 GWh, um decréscimo de 61 GWh face ao período homólogo, devido às paragens programadas na cogeração de Sines e na Energin.

No primeiro semestre de 2011, o resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €99 milhões, um aumento de 7% face ao primeiro semestre de 2010. O aumento dos resultados nas actividades de infra-estruturas e Power mais do que compensou a redução de resultados na actividade de comercialização.

 
INVESTIMENTO
 

O investimento no primeiro semestre de 2011 foi de €590 milhões, mais 23% do que no primeiro semestre de 2010, dos quais o segmento de negócio de Refinação & Distribuição representou cerca de 70%.

No segmento de negócio de Exploração & Produção, o investimento foi principalmente canalizado para o Brasil, sobretudo para campos offshore, com destaque para o bloco BM-S-11, que absorveu cerca de €80 milhões. Em Angola, o investimento de cerca de €29 milhões foi principalmente afecto a actividades de desenvolvimento no bloco 14.

No segmento de negócio de Refinação & Distribuição, o investimento no primeiro semestre do ano foi de €412 milhões, dos quais €360 milhões foram canalizados para o projecto de conversão das refinarias.

O investimento de €24 milhões no segmento de negócio de Gas & Power foi sobretudo relacionado com a expansão da rede de distribuição de gás natural.

 

COLABORADORES
 


ENVOLVENTE DE MERCADO
BRENT

O valor médio do dated Brent no primeiro semestre de 2011 foi de Usd 111,2/bbl, um aumento de 44% face ao período homólogo de 2010. Esta subida deveu-se, sobretudo aos conflitos no Norte de África, nomeadamente na Líbia e à diminuição da oferta de crude por parte da OPEP.

 

MARGENS DE REFINAÇÃO
No primeiro semestre de 2011, a margem de cracking diminuiu Usd 2,7/bbl face ao primeiro semestre de 2010, enquanto a margem de hydroskimming diminuiu Usd 3,5/bbl no mesmo período, devido ao efeito negativo da subida do dated Brent, com a recuperação do crack do diesel a não ser suficiente para compensar a descida dos cracks da gasolina e do fuel.

 

MERCADO IBÉRICO
Em Portugal, o mercado de produtos petrolíferos contraiu 6% no primeiro semestre de 2011 em relação ao período homólogo de 2010, para 4,7 milhões de toneladas. O mercado da gasolina contraiu 10% para os 0,6 milhões de toneladas e o mercado do gasóleo regrediu 7% para os 2,5 milhões de toneladas em relação ao período homólogo de 2010. O mercado do jet recuperou 2% para os 0,5 milhões de toneladas.
Em Espanha, o mercado de produtos petrolíferos teve uma evolução negativa no primeiro semestre de 2011, com uma queda de 2% face ao mesmo período de 2010, para os 28,4 milhões de toneladas. Esta evolução deveu-se à contracção de 7% do mercado da gasolina, para os 2,6 milhões de toneladas. O mercado do gasóleo, com 15 milhões de toneladas, diminuiu 5% em relação ao primeiro semestre de 2010. Ainda assim, o mercado do jet teve um aumento de 13% face ao período homólogo de 2010, para 2,7 milhões de toneladas.
 

CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA
Durante o primeiro semestre de 2011, a acção da Galp Energia valorizou-se 15%, com a cotação a fechar nos €16,45 no final daquele período. Desde a oferta pública inicial a 23 de Outubro de 2006 até 30 de Junho de 2011, a acção da Galp Energia teve um desempenho positivo, valorizando-se cerca de 183%. A cotação máxima da Galp Energia no período foi de €16,97, enquanto a mínima foi de €13,92. A 30 de Junho de 2011, a Galp Energia tinha uma capitalização bolsista de €13.641 milhões.
 
BASES DE APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO
As demonstrações financeiras consolidadas e não auditadas da Galp Energia relativas aos seis meses findos em 30 de Junho de 2011 e de 2010 foram elaboradas em conformidade com as IFRS. A informação financeira referente à demonstração de resultados consolidados é apresentada para os semestres findos em 30 de Junho de 2011, de 2010 e de 31 de Dezembro de 2010.

As demonstrações financeiras da Galp Energia são elaboradas de acordo com as IFRS e o custo das mercadorias vendidas e matérias-primas consumidas é valorizado a CMP. A utilização deste critério de valorização pode originar volatilidade nos resultados em momentos de oscilação dos preços das mercadorias e das matérias-primas através de ganhos ou perdas em stocks, sem que tal traduza o desempenho operacional da empresa. Este efeito é designado efeito stock.

Outro factor que pode afectar os resultados da empresa sem ser um indicador do seu verdadeiro desempenho é o conjunto de eventos de natureza não recorrente, tais como ganhos ou perdas na alienação de activos, imparidades ou reposições de imobilizado e provisões ambientais ou de reestruturação.

Com o objectivo de avaliar o desempenho operacional do negócio da Galp Energia, os resultados operacionais e os resultados líquidos RCA excluem os eventos não recorrentes e o efeito stock pelo facto de o custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas consumidas ter sido apurado pelo método de valorização de custo de substituição, designado replacement cost (RC).


ABREVIATURAS
bbl: barris
mbopd: mil barris de petróleo por dia
Usd: dólar dos Estados Unidos


 

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