29/04/2011 | Resultados

Galp Energia regista resultado a custo de substituição ajustado de €41 Milhões no primeiro trimestre 2011

Galp Energia regista resultado a custo de substituição ajustado de €41 Milhões no primeiro trimestre 2011.

  • A produção net entitlement de crude no primeiro trimestre de 2011 foi de 9,6 mil barris diários, uma diminuição de 24% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Esta descida deveu‐se principalmente ao impacto negativo do efeito PSA (Production Sharing Agreement) em Angola;
  • A margem de refinação da Galp Energia no primeiro trimestre de 2011 foi de Usd 1,3/bbl, negativamente afectada pela paragem técnica da refinaria de Sines que durou cerca de 40 dias;
  • O contexto económico na Península Ibérica teve um impacto negativo no negócio da distribuição de produtos petrolíferos, com as vendas a clientes directos a atingirem 2,4 milhões de toneladas;
  • No primeiro trimestre 2011, o volume vendido de gás natural aumentou 36% em relação ao primeiro trimestre de 2010 para 1.605 milhões de metros cúbicos, com a contribuição positiva da Madrileña Gas e do segmento eléctrico;
  • O EBITDA a custo de substituição ajustado do primeiro trimestre de 2011 foi de €135 milhões, face a €177 milhões no período homólogo, na sequência dos piores resultados da área de Refinação & Distribuição;
  • O investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de €302 milhões, dos quais 70% canalizados para o projecto de conversão das refinarias.

 

INDICADORES FINANCEIROS

O resultado líquido a custo de substituição ajustado no primeiro trimestre de 2011 diminuiu 36%, para €41 milhões face ao período homólogo, devido fundamentalmente à pior performance operacional do negócio de Refinação & Distribuição. A performance deste segmento foi negativamente afectada não só pela diminuição do crude processado e da margem de refinação na sequência da paragem técnica da refinaria de Sines e da descida das margens de refinação nos mercados internacionais, mas também pela descida das vendas de produtos petrolíferos.

O resultado líquido foi também negativamente afectado pela menor produção de crude com impacto no negócio de Exploração & Produção, sendo que o aumento dos volumes vendidos de gás natural, com efeito positivo no segmento de negócio de Gas & Power, não foi assim suficiente para compensar os resultados desfavoráveis dos outros dois segmentos de negócio.

 

EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO

No primeiro trimestre de 2011, a produção working interest aumentou 3% face ao período homólogo para 19 mil barris por dia. Este aumento deveu‐se sobretudo ao incremento de produção dos campos Tômbua‐Lândana e BBLT em Angola. A produção working interest em Angola foi de, 17,5 mil barris por dia e no Brasil foi de 1,4 mil barris por dia. Esta última correspondeu ao primeiro trimestre completo de actividade do FPSO Cidade de Angra dos Reis no campo Lula.

A produção net entitlement foi de 9,6 mil barris por dia, uma descida de 24% face ao primeiro trimestre de 2010. Esta descida está relacionada com a diminuição da produção dos campos Kuito e BBLT dada a redução das taxas de produção disponíveis, na vertente do cost oil, associada aos mecanismos de recuperação de custos do PSA. A produção dos campos Tômbua‐Lândana e Lula foi de 5,1 mil barris por dia, ou seja, 53% do total da produção.

O resultado líquido a custo de substituição ajustado no primeiro trimestre de 2011 foi de €23 milhões, face aos €33 milhões no período homólogo de 2010. Não obstante o aumento do preço médio de venda, a descida da produção net entitlement e o aumento das amortizações em Angola contribuíram para aquela evolução.

 

REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS

Durante o primeiro trimestre de 2011, o crude processado foi de 14 milhões de barris, uma descida de 9 milhões de barris em relação ao período homólogo de 2010. Esta descida deveu‐se à paragem técnica ocorrida na refinaria de Sines com uma duração de cerca de 40 dias para execução de trabalhos de manutenção e interligações relacionadas com o projecto de conversão. Assim, a taxa de utilização das refinarias no período foi de 49%, abaixo do valor de 80% registado no primeiro trimestre de 2010.

No primeiro trimestre de 2011, o crude representou 87% do total das matérias‐primas processadas, face a 94% no mesmo período de 2010. Durante o período, os crudes leves e condensados representaram 49% do total, o que compara com 36% no primeiro trimestre de 2010. Os crudes médios e pesados registaram um peso de 40% e 10%, respectivamente. O aumento do peso relativo dos crudes leves e condensados deveu‐se à paragem técnica da refinaria de Sines.

Esta paragem teve impacto no perfil de produção, com o peso do gasóleo a atingir 34%, seguido das gasolinas com 21%. O fuelóleo e o jet representaram 17% e 7% do total de produção, respectivamente. Os consumos e quebras no período foram de 8%.

Os volumes vendidos de produtos refinados no período foram afectados pela contracção do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica e atingiram os 3,7 milhões de toneladas, uma descida de 0,8 milhões de toneladas impulsionada pelo decréscimo de 16% das vendas a clientes directos face ao período homólogo de 2010 para 2,4 milhões de toneladas. O mercado espanhol representou 45% do total das vendas a clientes directos,

O total das exportações no primeiro trimestre de 2011 foi de 0,4 milhões de toneladas, ou seja uma descida de 0,4 milhões toneladas face ao primeiro trimestre de 2010, na sequência da paragem técnica da refinaria de Sines e consequente diminuição da produção disponível para exportação.

No final de Março de 2011, a Galp Energia detinha 1.531 estações de serviço, das quais 104 em África. Cerca de 44% das estações de serviço localizadas na Península Ibérica estavam situadas em Espanha.

O número de lojas de conveniência no final do primeiro trimestre de 2011 na Península Ibérica era de 509 e cerca de metade estavam localizadas em Espanha.

O resultado operacional a custo de substituição ajustado foi negativo em €24 milhões, uma descida de €43 milhões face aos €19 milhões do primeiro trimestre de 2010 devido ao menor volume de crude processado, à descida da margem de refinação e à contracção do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica.

 

GAS & POWER

No primeiro trimestre de 2011, as vendas de gás natural foram de 1.605 milhões de metros cúbicos, mais 36% do que no mesmo período de 2010.

Os volumes vendidos no sector eléctrico aumentaram 41% para 502 milhões de metros cúbicos, representando 31% do volume total de vendas de gás natural na sequência do clima menos chuvoso e com menos vento que caracterizou o primeiro trimestre de 2011, face ao período homólogo.

No segmento industrial, os volumes de gás natural desceram 9% face ao período homólogo de 2010 para 483 milhões de metros, influenciados por um menor consumo da cogeração da refinaria de Sines, devido à paragem técnica ocorrida naquela refinaria. De salientar o contributo positivo da subida do consumo do segmento industrial no mercado espanhol com a angariação de novos clientes.

O segmento residencial e comercial registou um volume de gás natural de 284 milhões de metros cúbicos, um aumento de 127% face ao período homólogo devido ao contributo das actividades de comercialização de gás natural na região de Madrid, adquiridas no final do mês de Abril de 2010. Estas registaram vendas de 144 milhões de metros cúbicos, sendo de salientar a elevada sazonalidade que caracteriza o mercado residencial espanhol.

O volume de gás natural transportado nas redes pertencentes às empresas de distribuição totalizou 0,4 mil milhões de metros cúbicos.

No negócio do Power, as vendas de electricidade à rede no primeiro trimestre de 2011 foram de 224 GWh, uma redução de 72 GWh face ao primeiro trimestre de 2010 devido às paragens programadas da cogeração de Sines e da Energin.

No primeiro trimestre de 2011, o negócio de Gas & Power atingiu um resultado operacional a custo de substituição ajustado de €52 milhões, um aumento de cerca de 23% em relação ao primeiro trimestre de 2010, impulsionado pelo negócio de gás natural.

 

INVESTIMENTO

O investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de €302 milhões, dos quais o segmento de negócio de Refinação & Distribuição representou cerca de 76%.

No segmento de negócio de Exploração & Produção, o investimento foi principalmente canalizado para o Brasil, sobretudo para campos offshore, com destaque para o bloco BM‐S‐11, que absorveu €20 milhões. Em Angola, o investimento de cerca de €20 milhões foi principalmente afecto a actividades no bloco 14.

No segmento de negócio de Refinação & Distribuição, o investimento no primeiro trimestre do ano foi de €230 milhões, dos quais €210 milhões foram canalizados para o projecto de conversão das refinarias.

O investimento de €12 milhões no segmento de negócio de Gas & Power teve como destino a expansão da rede de distribuição de gás natural em Portugal.

 

CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA

Durante o primeiro trimestre de 2011, a acção da Galp Energia valorizou‐se 5,3%, com a cotação a fechar nos €15,11 no final daquele período. Desde a oferta pública inicial a 23 de Outubro de 2006 até 31 de Março de 2011, a acção da Galp Energia teve um desempenho positivo, valorizando‐se cerca de 160%. A cotação máxima da Galp Energia no período foi de €15,89, enquanto a mínima foi de €13,99. Durante o primeiro trimestre de 2011, foram transaccionados cerca de 89 milhões de acções, equivalente a uma média diária de 1,4 milhões.

A 31 de Março de 2011, a Galp Energia tinha uma capitalização bolsista de €12.526 milhões.

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