11/02/2011 | Resultados

Galp Energia Regista Resultado Líquido a Custo de Sustituição Ajustado de € 306 Milhões em 2010

Galp Energia Regista Resultado Líquido a Custo de Sustituição Ajustado de € 306 Milhões em 2010

  • As reservas provadas e prováveis (3P) da Galp Energia em 2010 aumentaram cerca de 16 vezes mais em relação a 2009, para 574 milhões de barris de petróleo e gás natural;
  • A produção net entitlement de crude aumentou 22% em relação a 2009, para 11,8 mil barris diários, para o que contribuíram, decisivamente, os projectos Tupi, agora designado Lula, e CPT Tômbua-Lândana;
  • A margem de refinação da Galp Energia em 2010 foi de Usd 2,6/bbl, influenciada pela recuperação das margens de refinação nos mercados internacionais;
  • O negócio de distribuição de produtos petrolíferos manteve a sua contribuição positiva para os resultados, com o aumento da actividade no mercado espanhol;
  • As vendas de gás natural aumentaram 5% em relação a 2009, para 4.926 milhões de metros cúbicos, dos quais 75% corresponderam a vendas no mercado liberalizado;
  • O EBITDA a custo de substituição ajustado de 2010 atingiu €854 milhões, dos quais 46% tiveram origem no segmento de negócio de Refinação & Distribuição;
  • O resultado líquido a custo de substituição ajustado foi de €306 milhões, ou seja, €0,37 por acção;
  • O investimento em 2010 foi de €1.233 milhões, mais 69% do que 2009, tendo sido principalmente canalizado para o projecto de conversão das refinarias.

 

INDICADORES FINANCEIROS 

O resultado líquido a custo de substituição ajustado no ano 2010 aumentou 43% para €306 milhões face a 2009, para o que contribuiu principalmente o aumento do preço e da produção de crude, o aumento da margem de refinação e do volume de crude processado e o aumento do volume vendido de gás natural. A variação anual deveu--se também ao impacto do incidente na refinaria de Sines no primeiro trimestre de 2009, que penalizou os resultados desse ano.

 

EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO

As reservas provadas e prováveis (3P) da Galp Energia, numa base net entitlement, no final de Dezembro de 2010 eram de 574 milhões de barris de petróleo e gás natural, em comparação com 35 milhões de barris em 2009, ou seja, cerca de 16 vezes mais.
Os recursos contingentes (3C), numa base working interest, da Galp Energia eram de 2.356 milhões de barris de petróleo e gás natural, dos quais 221 milhões de barris estão localizados em Angola e os restantes 2.135 milhões de barris no Brasil.
Os recursos prospectivos da Galp Energia aumentaram 56% em 2010 para 2.550 milhões de barris de petróleo e gás natural, por força dos intensos trabalhos de exploração realizados durante o ano.
Em 2010, a produção working interest aumentou 33% face a 2009 para 19,5 mil barris por dia. Esta subida deveu-se principalmente ao incremento de produção da CPT Tômbua-Lândana em Angola e do Teste de Longa Duração (TLD) do campo Tupi no Brasil, que produziram conjuntamente 6,1 mil barris por dia.
A produção net entitlement foi de 11,8 mil barris por dia, mais 22% do que em 2009. Este aumento deveu-se ao incremento da produção dos campos CPT Tômbua-Lândana e Tupi, que mais do que compensaram a descida de produção nos campos BBLT e Kuito devido ao contrato de partilha de produção. A produção net entitlement dos projectos CPT Tômbua-Lândana e Tupi foi de 5,5 mil barris por dia, o que representou 46% da produção total net entitlement.
O resultado líquido a custo de substituição ajustado do ano de 2010 foi de €61 milhões, face aos €67 milhões em 2009, uma diminuição que se deveu sobretudo ao aumento das amortizações e provisões em Angola.

  

REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS 

O crude processado durante os doze meses de 2010 foi de 85 milhões de barris, um aumento de 7 milhões de barris em relação a 2009. O ano de 2009 foi negativamente afectado pelo incidente na fábrica de utilidades da refinaria de Sines ocorrido no primeiro trimestre.
Em 2010, a taxa de utilização da capacidade de refinação foi de 75%. A capacidade de refinação foi afectada negativamente pela paragem técnica da refinaria de Matosinhos, que esteve parada durante 78 dias no quarto trimestre de 2010 para manutenção e interligações relacionadas com o projecto de conversão.
O crude representou 92% do total das matérias-primas processadas, face a 90% em 2009. Nos doze meses de 2010, os crudes médios representaram 41% do total de crudes processados e os leves e condensados representaram 40%, seguidos dos crudes pesados com 19%.
No perfil de produção, o peso do gasóleo foi de 35%, seguido das gasolinas com 24%. O fuelóleo e o jet representaram 17% e 8%, respectivamente, acima dos 16% e 7% nos doze meses de 2009. Os consumos e quebras no período representaram 7,3%.
No final de Dezembro de 2010, a Galp Energia detinha 1.436 estações de serviço na Península Ibérica, em linha com Setembro de 2010. Cerca de 44% das estações de serviço estavam situadas em Espanha. Em África, a Galp Energia detinha 103 estações de serviço.
O número de lojas de conveniência na Península Ibérica no final dos doze meses de 2010 era de 509, principalmente localizadas no mercado espanhol. Cerca de metade das lojas de conveniência estavam localizadas em Espanha.
O resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €193 milhões face aos €79 milhões de 2009, reflexo da melhoria operacional na actividade de refinação, que em 2009 tinha sido negativamente influenciada pelo incidente na refinaria de Sines.

  

GAS & POWER 

As vendas de gás natural em 2010 foram de 4.926 milhões de metros cúbicos, mais 5% do que em 2009. O mercado liberalizado representou 75% do total.
As vendas do sector eléctrico foram de 1.939 milhões de metros cúbicos, em linha com o ano 2009. O segmento industrial em Portugal, considerando os mercados liberalizado e regulado, caiu 3% face ao período homólogo de 2009. O primeiro ano completo de funcionamento da cogeração de Sines influenciou positivamente o consumo de gás natural em 252 milhões de metros cúbicos.
Em Espanha, os volumes vendidos nos mercados liberalizado e regulado atingiram um total de 159 milhões de metros cúbicos, com destaque para o contributo positivo das actividades de comercialização de gás natural na região de Madrid adquiridas no final do mês de Abril de 2010, que contribuíram com 115 milhões de metros cúbicos até ao final do ano de 2010.
O volume de gás natural transportado nas redes pertencentes às empresas de distribuição totalizou 1,5 mil milhões de metros cúbicos.
No negócio de Power, as vendas de electricidade à rede atingiram 1.202 GWh face a 706 GWh no período homólogo de 2009, superando pela primeira vez os 1.000 GWh. Este aumento deveu-se à entrada em exploração da cogeração da refinaria de Sines no quarto trimestre de 2009, que produziu 661 GWh em 2010.
Nos doze meses de 2010, o negócio de Gas & Power atingiu um resultado operacional a custo de substituição ajustado de €181 milhões, mais 34% do que em 2009, com o contributo positivo do negócio de comercialização de gás natural no mercado liberalizado e na actividade de power a compensar a redução de resultados na área de infra-estruturas reguladas.

 

INVESTIMENTO 

O investimento em 2010 foi de €1.233 milhões, com destaque para o investimento no segmento de negócio de Refinação & Distribuição, que representou 65% do total do período, devido ao projecto de conversão das refinarias.
No segmento de negócio de Exploração & Produção, o investimento foi principalmente canalizado para o Brasil, sobretudo para campos offshore, com destaque para o campo Tupi, que absorveu €173 milhões. O investimento em Angola foi sobretudo afectado para actividades de desenvolvimento no bloco 14, no montante de €93 milhões, dos quais €52 milhões relativos ao campo BBLT.
No segmento de negócio de Refinação & Distribuição, o investimento durante o ano de 2010 foi de €800 milhões, dos quais €630 milhões foram canalizados para o projecto de conversão das refinarias.
O investimento de €87 milhões no segmento de negócio de Gas & Power deveu-se sobretudo à construção da cogeração da refinaria de Matosinhos e à expansão da rede de distribuição de gás natural em Portugal.

 

CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA 

Durante o ano de 2010, a acção da Galp Energia valorizou-se 18,7%, com a cotação a fechar nos €14,34 no final do ano e a atingir um máximo de €14,86 no período. Desde a oferta pública inicial a 23 de Outubro de 2006 até 31 de Dezembro de 2010, a acção da Galp Energia teve um desempenho positivo, valorizando-se cerca de 146,8%. Em 2010, foram transaccionados cerca de 428 milhões de acções, equivalente a uma média diária de 1,6 milhões.
A 31 de Dezembro de 2010, a Galp Energia tinha uma capitalização bolsista de €11.891 milhões. 
 

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