28/10/2010 | Resultados

Galp Energia regista resultado líquido a custo de substituição ajustado de €266 milhões nos primeiros nove meses de 2010

Galp Energia regista resultado líquido a custo de substituição ajustado de €266 milhões nos primeiros nove meses de 2010

GALP ENERGIA REGISTA RESULTADO LÍQUIDO A CUSTO DE SUBSTITUIÇÃO AJUSTADO DE €266 MILHÕES NOS PRIMEIROS NOVE MESES DE 2010

 

• A produção working interest de crude aumentou 41% em relação ao período homólogo, para 19,3 mil barris diários, para o que contribuíram, decisivamente, os projectos Tupi e CPT Tômbua-Lândana;
• A margem de refinação da Galp Energia nos primeiros nove meses de 2010 foi de Usd 2,7/bbl, influenciada pela recuperação das margens de refinação nos mercados internacionais;
• O negócio de distribuição de produtos petrolíferos manteve a sua contribuição positiva para os resultados, com o aumento da actividade no mercado espanhol;
• As vendas de gás natural aumentaram 3% em relação ao período homólogo, para 3.586 milhões de metros cúbicos, dos quais 74% corresponderam a vendas no mercado liberalizado;
• O EBITDA a custo de substituição ajustado nos primeiros nove meses de 2010 atingiu €677 milhões;
• O resultado líquido a custo de substituição ajustado foi de €266 milhões, ou seja, €0,32 por acção;
• O investimento nos primeiros nove meses de 2010 foi de €864 milhões, duplicando o valor atingido no período homólogo, tendo sido maioritariamente canalizado para o projecto de conversão das refinarias.


INDICADORES FINANCEIROS
 
O resultado líquido a custo de substituição ajustado nos primeiros nove meses de 2010 aumentou 48% para €266 milhões face ao período homólogo, para o que contribuiu o bom desempenho de todos os segmentos de negócio, por sua vez impulsionado pelo aumento do preço e da produção de crude, pelo aumento da margem de refinação e do volume de crude processado e pelo aumento do volume de gás natural vendido.

 

EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO
 

Nos primeiros nove meses de 2010, a produção working interest aumentou 41% face ao período homólogo de 2009 para 19,3 mil barris por dia. Esta variação deveu-se principalmente ao incremento de produção do CPT Tômbua-Lândana em Angola e do campo Tupi no Brasil, que produziram conjuntamente 5,8 mil barris por dia.

A produção net entitlement também registou uma subida, neste caso de 24%, para os 11,0 mil barris por dia, em relação ao mesmo período do ano anterior devido ao incremento da produção dos campos referidos anteriormente, Tômbua-Lândana e Tupi.

O resultado operacional a custo de substituição ajustado nos primeiros nove meses de 2010 foi de €62 milhões, face a €36 milhões no período homólogo, um incremento que se deveu aos aumentos da produção net entitlement e do preço médio de venda do crude em Angola.

 

REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PETROLÍFEROS
 
O crude processado durante os primeiros nove meses de 2010 situou-se nos 67 milhões de barris, uma variação anual positiva de 10 milhões de barris, dado que os valores de 2009 foram negativamente afectados pelo incidente na fábrica de utilidades na refinaria de Sines. Nos primeiros nove meses de 2010, a taxa de utilização da capacidade de refinação foi de 79%.

Os volumes vendidos de produtos petrolíferos aumentaram 1% face ao período homólogo de 2009 para os 12,6 milhões de toneladas, beneficiando do contributo positivo das exportações de 2,2 milhões de toneladas, onde se destacaram o fuelóleo e a gasolina.

As vendas a clientes directos diminuíram 7% em relação ao período homólogo de 2009, para os 7,8 milhões de toneladas, afectadas pela contracção do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica. De salientar que, nos primeiros nove meses de 2010, 43% das vendas totais a clientes directos foram realizadas no mercado espanhol.

No final de Setembro de 2010, a Galp Energia detinha 1.440 estações de serviço na Península Ibérica, em linha com Junho de 2010. Cerca de 43% das estações de serviço estavam situadas em Espanha. Em África, a Galp Energia detinha 100 estações de serviço. As lojas de conveniência ibéricas totalizavam 464, sendo que cerca de metade se situavam em Espanha.

O resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €176 milhões, mais €90 milhões que nos primeiros nove meses de 2009, reflexo da melhoria operacional na actividade de refinação, que em 2009 tinha sido negativamente influenciada pelo incidente na refinaria de Sines.

 

GAS & POWER
 

Nos primeiros nove meses de 2010 as vendas de gás natural aumentaram 3% em relação ao período homólogo, para os 3.586 milhões de metros cúbicos, com as vendas no mercado liberalizado a representarem 74% dos volumes vendidos.

Os volumes vendidos ao sector eléctrico registaram uma descida de 3%, devido ao aumento da geração eléctrica por via hidráulica, dada a pluviosidade que caracterizou os primeiros nove meses de 2010, influenciando assim negativamente o recurso à geração térmica, nomeadamente a gás natural.

O segmento industrial em Portugal, e tendo em conta os mercados liberalizado e regulado, ficou em linha com o período homólogo, para o que muito contribuíram os 188 milhões metros cúbicos de gás natural consumidos pela central de cogeração de Sines, a qual entrou em operação no quarto trimestre de 2009. A entrada em operação da central de Sines teve igualmente um efeito positivo na produção de electricidade nos primeiros nove meses do ano, que aumentaram para 909 GWh.

Nos primeiros nove meses de 2010, o resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €143 milhões, face aos €105 milhões do período homólogo de 2009, equivalente a um aumento de 36%.

 

INVESTIMENTO
 

O investimento nos primeiros nove meses de 2010 foi de €864 milhões. No segmento de negócio de Exploração & Produção, o investimento foi essencialmente canalizado para o desenvolvimento do campo Tupi no bloco BM-S-11, num total de €127 milhões.

No segmento de negócio de Refinação & Distribuição, o investimento foi de €562 milhões, dos quais €477 milhões foram canalizados para o projecto de conversão das refinarias.

O investimento de €57 milhões no segmento de negócio de Gas & Power foi sobretudo canalizado para a expansão da rede de distribuição de gás natural e para a construção da central de cogeração da refinaria de Matosinhos.


CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA

 

Durante os primeiros nove meses de 2010, as acções da Galp Energia valorizaram-se 4,8%, com a cotação a fechar nos €12,66 no final daquele período e a atingir um máximo de €13,68 no período. Desde a Oferta Pública Inicial a 23 de Outubro de 2006 até 30 de Setembro de 2010, a acção da Galp Energia teve um desempenho positivo de cerca de 117,9%. Durante o período, foram transaccionados cerca de 329,9 milhões de acções, o que equivaleu a uma média diária de 1,7 milhões. A 30 de Setembro de 2010, a Galp Energia tinha uma capitalização bolsista de €10.498 milhões.

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