18/12/2009 | Brasil

Joint Venture do projecto de liquefacção de gás natural no pré-sal assina contratos para o desenvolvimento da engenharia de base

A Galp Energia e as restantes parceiras na Joint Venture, que tem por objectivo a construção de uma unidade de liquefacção de gás natural flutuante (FLNG) para aproveitamento do gás natural do pré-sal, assinaram esta sexta-feira os contratos com as empresas vencedoras da licitação para o desenvolvimento da engenharia de base e design conceptual (FEED) relativos à unidade de liquefacção.

A Galp Energia e as restantes parceiras na Joint Venture, que tem por objectivo a construção de uma unidade de liquefacção de gás natural flutuante (FLNG) para aproveitamento do gás natural do pré-sal, assinaram esta sexta-feira os contratos com as empresas vencedoras da licitação para o desenvolvimento da engenharia de base e design conceptual (FEED) relativos à unidade de liquefacção.

As empresas vencedoras da licitação foram a Saipem e os consórcios SBM/Chiyoda e Technip/JGC/Modec. A licitação, na modalidade de concurso internacional, foi aberta em Agosto deste ano e as propostas foram entregues em Outubro.

Com experiência reconhecida na construção de unidades de produção, armazenagem e expedição (FPSO) e de unidades de liquefacção de gás natural, os grupos contratados têm até Dezembro de 2010 para desenvolver os FEEDs. O objectivo é promover a competição entre os três grupos, contribuindo assim para reduzir os custos de implementação da unidade de FLNG.

Após a finalização dos FEEDs, a Joint Venture tem até Março de 2011 para realizar o estudo da viabilidade técnica e económica da unidade FLNG e compará-lo com outras alternativas, como por exemplo a instalação de novos gasodutos submarinos.

Se a implementação de uma unidade de FLNG se revelar a alternativa mais viável, técnica e economicamente, uma nova licitação será aberta para escolher, entre os três grupos a concurso, qual será o responsável pela construção e operação da unidade, cuja conclusão está prevista para Julho de 2015.

A relevante participação da Galp Energia na bacia de Santos, nomeadamente nos blocos do pré-sal, bem como a produção futura de gás associado a estes blocos, levaram a Empresa a estudar várias opções para monetizar as reservas de gás, garantindo novas fontes de fornecimento de gás natural e a possibilidade de exportação para mercados globais, dando assim cumprimento à sua estratégia de longo prazo de desenvolvimento do negócio de comercialização de gás natural.

No pré-sal da bacia de Santos, área de grande potencial exploratório, a Galp Energia detém participações nos blocos: BM-S-11 (10%), BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%), onde estão localizados, entre outros, os campos petrolíferos Tupi, Iara e Júpiter.

Projecto único no mundo

Projecto único no mundo, a unidade de FLNG, operará nos blocos BM-S-9 e BM-S-11 no pré-sal da bacia de Santos, localizado a uma distância de cerca de 300 km da costa brasileira. Sendo instalada próxima das unidades de FPSO, a unidade de FLNG receberá o gás associado e fará o processamento e a liquefacção do gás natural, do butano, do propano e do condensado. A capacidade de processamento será de até 14 milhões m³/dia de gás associado. Na unidade de FLNG, também será feito o armazenamento e a transferência dos produtos processados para navios metaneiros, que realizarão o transporte até ao mercado final.

A Galp Energia tem 16,3% desta Joint Venture, sendo os restantes parceiros a Petrobras com 51,1%, a BG Group com 16,3% e a Repsol com 16,3%. Estas empresas são parceiras nos blocos BM-S-9 (Petrobras, BG Group e Repsol) e BM-S-11 (Petrobras, BG Group e Galp Energia). A Joint Venture irá assim partilhar recursos e competências para o desenvolvimento e implementação deste projecto inovador.

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