A Galp Energia apresenta hoje em Londres, no âmbito do seu Capital Markets Day 2012, os vetores estratégicos e financeiros da Empresa, bem como informação-chave sobre o seu portefólio de projetos de exploração e produção.
No negócio de Exploração & Produção, a Galp Energia irá intensificar as atividades de exploração, promovendo a valorização do seu portefólio de projetos, bem como prosseguir com o desenvolvimento dos projetos com elevado potencial. Adicionalmente, a estrutura de financiamento equilibrada, que se sustenta numa estrutura de capital sólida e num negócio de downstream estável, o qual está centrado na Península Ibérica e engloba os negócios de Refinação & Distribuição e de Gas & Power, suportará o crescimento futuro da Galp Energia e dotará a Empresa de flexibilidade adicional para expandir as suas atividades, em particular na área de exploração e produção.
A Galp Energia planeia expandir o potencial do seu portefólio de exploração, tirando partido das suas capacidades diferenciadoras. A presença nas atividades de exploração e produção será alargada, mantendo-se, no entanto, a Galp Energia focalizada nas suas áreas-chave, como o grande eixo de exploração e produção do Atlântico Sul, que abrange o Brasil e Angola, e a África Oriental, em particular Moçambique. Assim, a Galp Energia irá centrar as suas atividades de exploração em regiões, e respetivas geologias, sobre as quais já tem um elevado conhecimento. O acesso a novos projetos terá também em consideração o contexto político no qual essas regiões se inserem. É por esta razão que a Galp Energia pretende continuar a focar-se em países com ligações a Portugal, facilitando assim o acesso a essas regiões.
A Galp Energia continuará a tirar partido da entrada na fase inicial dos projetos de exploração, capturando assim o maior potencial de criação de valor, e das bem-sucedidas parcerias com operadores de renome internacional.
Em 2012, a Empresa continuará a intensa atividade de perfuração, com o objetivo de valorizar o portefólio de exploração, com a perfuração durante o ano de mais de 20 poços de exploração e avaliação. Estes poços incluem o relevante poço de avaliação no Júpiter NE e a intensa campanha de exploração e avaliação em Moçambique.
A Galp Energia consolidou a ambição de atingir uma produção superior a 300 mboepd em 2020, o que se traduz num aumento de 15 vezes sobre a produção working interest de 21 mboepd em 2011. O crescimento da produção será suportado, sobretudo, pelo extraordinário crescimento no Brasil, em particular pela aceleração da produção nos campos Lula e Cernambi, pelos novos projetos que entrarão em operação nos blocos 14 e 32, em Angola, ao longo dos próximos anos, e por Moçambique.
De facto, a Galp Energia prosseguiu em 2011 com o desenvolvimento do projeto Lula e Cernambi, que está a decorrer melhor do que inicialmente previsto. De salientar que a FPSO Cidade de Angra dos Reis, a primeira unidade permanente de produção na bacia de Santos, estará a produzir à capacidade máxima um ano após o início de operações. No entanto, as atividades de desenvolvimento do atual portefólio da Galp Energia estendem-se para além do desenvolvimento dos campos Lula e Cernambi. A Empresa está a trabalhar para acelerar o desenvolvimento de outros projetos de classe mundial, nomeadamente os campos Júpiter e Iara, no pré-sal da bacia de Santos, e o projeto relevante na Área 4, no offshore de Moçambique.
A Galp Energia está no início de um período muito interessante de crescimento das atividades de exploração e produção, que será suportado por um lado, pelo seu extraordinário portefólio de exploração, e por outro, pelo desenvolvimento de projetos de classe mundial.
Uma das fundações que suporta os vetores financeiros da Galp Energia é o aumento de capital na Petrogal Brasil, a subsidiária brasileira para a área de exploração e produção, anunciado no final de 2011. Esta transação dota a Galp Energia de uma estrutura de capital sólida, que lhe permite desenvolver os seus projetos de crescimento sem constrangimentos.
Adicionalmente, os projetos nos quais a Galp Energia tem investido nos últimos anos nomeadamente o projeto de conversão das refinarias e o projeto Lula-1, deverão aumentar, a muito breve prazo, o seu impacto nos resultados,. Em particular, o projeto Lula-1 será decisivo na diversificação dos resultados da Empresa, reduzindo de forma muito significativa a exposição da Galp Energia às atividades de downstream, sobretudo num mercado ibérico com uma conjuntura adversa.
Esta geração positiva de cash será transferida para os acionistas da Galp Energia através de uma nova política de dividendos, que passa por um aumento do dividendo de forma consistente ao longo dos anos, tendo em consideração a geração de resultados e de cash flow, bem como o crescimento de longo prazo subjacente. Esta nova política sinaliza a confiança na solidez do projeto apresentado.
A Galp Energia tem o compromisso com uma posição financeira sólida, o que lhe permitirá controlar e construir o seu futuro.
Para concluir, a Galp Energia considera que a criação de valor sustentável é mais do que apresentar um crescimento rentável. A verdadeira criação de valor pressupõe que o crescimento é gerado de uma forma responsável e sustentável. É com base nesta premissa que a Galp Energia integra a sustentabilidade no seu processo de tomada de decisão ao nível estratégico. Esta atitude responsável permite uma maior integração com as comunidades locais, mitigando substancialmente o risco, nomeadamente em matérias ambientais e de segurança.
Informação chave do portefólio de exploração e produção:
- Recursos de exploração (mean estimate unrisked) aumentaram 11% em 2011, para 2.821 Mboe, dispersos por 112 prospetos e leads, através da realização de atividades de exploração, não apenas na bacia de Santos e noutras áreas do Brasil, mas também em outras regiões, como o Uruguai.
- Recursos contingentes 3C apresentaram um crescimento de 13% em 2011, para os 2.672 Mboe, principalmente suportado pelos trabalhos de exploração na bacia de Rovuma, no offshore de Moçambique. Os projetos no pré-sal da bacia de Santos representam cerca de 75% do total de recursos contingentes 3C.
- As reservas 3P aumentaram 24% em 2011, para 709 Mboe, suportadas por um trabalho contínuo de avaliação nos campos Lula e Cernambi, no offshore brasileiro. As reservas totais de gás natural ascendem a cerca de 15% das reservas 3P.
Informação-chave da apresentação sobre perspetivas financeiras:
- 2012 será um ano de alocação permanente de capital para os projetos de upstream. O investimento planeado para este ano deverá, previsivelmente, situar-se entre os €1.000 milhões e os €1.200 milhões, sendo que a área de Exploração & Produção deverá absorver cerca de 60% do total.
- Ao longo do período 2013-2016, o investimento deverá atingir os €1.200 milhões por ano, sendo que o principal destino destes investimentos será os projetos de crescimento na área de Exploração & Produção. A alocação de capital na área de downstream irá melhorar a eficiência destas atividades, com projetos de desenvolvimento relacionados com pequenas unidades de cogeração, armazenamento subterrâneo de gás natural e iniciativas na área dos biocombustíveis no Brasil e em Moçambique, mas também estará relacionada com atividades de manutenção.
- Em 2012, o EBITDA deverá situar-se entre os €900 milhões e os €1.100 milhões, dos quais uma parte importante será proveniente do negócio de Refinação & Distribuição, resultado da conclusão do projeto de conversão das duas refinarias, mas também com um grande contributo da área de Exploração & Produção, já que o projeto Lula-1 deverá atingir a sua produção máxima no primeiro trimestre de 2012.
- O desenvolvimento dos campos Lula e Cernambi, na bacia de Santos e o impacto positivo dos investimentos nas refinarias de Sines e Matosinhos deverão permitir um crescimento médio anual (CAGR) do EBITDA na ordem dos 25%, para o período compreendido entre os anos 2011 e 2016, considerando como pressuposto um preço de petróleo no longo prazo de $90 por barril.
- A nova política de dividendos assume um crescimento médio do dividendo de 20% ao ano, para o período entre 2012 e 2016, a começar com o dividendo relativo ao exercício de 2012.
- O rácio da dívida líquida sobre os capitais próprios da Galp Energia deverá situar-se abaixo dos 30%, o que posiciona a Galp Energia como uma das empresas do sector com uma das estruturas de capitais mais robustas, dado o perfil de crescimento da Empresa.
Fonte: Galp Energia, SGPS, S.A.