40 Anos Refinaria de Sines

Em Setembro de 2017 a Refinaria de Sines começou a coprocessar óleos vegetais na sua unidade HD juntamente com o gasóleo de origem mineral.

As unidades da refinaria que correspondem às várias fases de expansão e aumento da capacidade de conversão e que arrancaram em 1978, 1994 e 2014 correspondem respetivamente às atuais Fábricas 1, 2 e 3.

No início de 2013 foi efetuado o arranque da unidade Hydrocraker e unidades anexas o que permitiu um grande aumento na produção de gasóleo e jet, fazendo com que o país que antes era importador de gasóleo passasse a ser exportador deste produto o que teve um grande impacto na balança comercial não só da empresa mas também do país.

Esta nova unidade veio aumentar drasticamente a flexibilidade do portfólio de produtos da refinaria de Sines.

Arranque da nova central de Cogeração a gás natural que permitiu à refinaria ser exportadora de energia elétrica em simultâneo com a produção de vapor para suprir as necessidades da refinaria (substituindo algumas das antigas caldeiras que tinham arrancado em 1978)

Com a alteração dos perfis de consumos de combustíveis e com a necessidade de conseguir um melhor aproveitamento do fundo do barril foi decido construir uma nova unidade de cracking na Refinaria de Sines, desta vez vocacionada para a produção de gasóleo.

Início da produção de gasóleo com 10 ppm de enxofre nas unidades HD e HG, após modernização.

No final de 2008 iniciou-se a construção da nova unidade de Hydrocracker e unidades anexas (unidades de produção de hidrogénio, de enxofre e unidade de tratamento de gases com amina)

Conclusão dos investimentos no terminal de gás natural liquefeito em Sines e ligação desta infraestrutura à rede nacional através do gasoduto Sines-Setúbal.

Arranque da unidade de dessulfuração de gasolina de cracking (HT) para produzir gasolina com 70 ppm de enxofre, esta unidade foi depois modernizada em 2008 para produzir gasolina com 10 ppm de enxofre

Arranque da primeira unidade de produção de Hidrogénio (HI) que será essencial para o aumento da capacidade de dessulfuração de gasóleos e gasolinas

Arranque da unidade de dessulfuração de gasóleo pesado (HG) para produzir gasóleo com 500 ppm de enxofre

Entre Março e Maio de 1994 arrancaram as várias unidades que constituem o complexo de cracking. Nesta altura a Refinaria de Sines tornou-se exportadora de gasolina.

A alteração das especificações dos combustíveis devido a normas ambientais mais restritivas, nomeadamente no que diz respeito ao teor de enxofre do gasóleo e gasolina levaram a que nos anos subsequentes se tenham construído e modernizado algumas das unidades existentes:

Em 1992 iniciou-se a construção do complexo de cracking da Refinaria de Sines vocacionado para produção e conversão de gasóleo de vácuo de forma a maximizar a produção de gasolinas e que era constituído pelas unidades de FCC, destilação de vácuo, visbreaker, alquilação, merox, enxofre e aminas

O arranque da Refinaria decorreu entre 15 de setembro de 1978 e 15 de dezembro do mesmo ano, tendo a unidade de Destilação atmosférica (com uma capacidade máxima de refinação de 10 milhões de toneladas ao ano), refinado pouco mais de 100 000 toneladas. Entrou em exploração comercial no início do ano seguinte.

Quando arrancou em 1978 a refinaria era do tipo Hydroskimming isto é não tinha unidades de conversão. A conversão das frações mais pesadas passou a ser efetuada na unidade de cracking (TCC – Thermofor Catalytic Cracking) da Refinaria de Cabo Ruivo, em Lisboa.

Para além das unidades processuais (destilação atmosférica, destilação de vácuo, platforming, isomax, dessulfurações de gasóleo e gasóleo de vácuo, merox, enxofre e aminas) a refinaria de Sines era constituída também por uma Fábrica de Utilidades, para fornecimento da energia elétrica, vapor, água e ar necessários ao funcionamento das unidades e por uma área Movimentação de Produtos dedicada a armazenar o crude e produtos resultantes da refinação, e também a receção e expedição dos mesmos.

No início da década de 90 foi decido construir um complexo de cracking em Sines (cuja unidade principal é a unidade de FCC – Fluidized Catalytic Cracking) para substituir a Refinaria de Cabo Ruivo que seria descontinuada.