A Galp Energia assinou um acordo de farm-in com a empresa australiana Tangiers Petroleum Limited (Tangiers) para a aquisição de uma participação de 50% na área Tarfaya Offshore, que abrange oito licenças de exploração conhecidas como Tarfaya Offshore I a VIII e se localiza na margem atlântica no offshore de Marrocos. Segundo os termos deste acordo, a Galp Energia irá substituir a Tangiers como operadora desta área, que se encontra em profundidades de água predominantemente inferiores a 200 metros e cobre uma área de 11.281 quilómetros quadrados.
Após este acordo, a Tangiers passará a deter uma participação de 25%, e a Office National des Hydrocarbures et des Mines, (ONHYM), empresa estatal de Marrocos, irá manter a sua participação de 25% na área Tarfaya Offshore.
Ainda segundo os termos deste acordo, a Galp Energia vai pagar pela participação de 50%, um montante de cerca de US$41 milhões, correspondentes a custos passados e a custos relacionados com a perfuração do primeiro poço de exploração, com um limite máximo, que será perfurado na área Tarfaya Offshore.
As licenças de Tarfaya Offshore estão localizadas numa zona pouco explorada, num sistema petrolífero comprovado, que contém múltiplos prospetos e leads em sedimentos dos períodos jurássico e cretáceo, bem como um potencial emergente de formações dos períodos terciário e triássico. Os prospetos já identificados na área Tarfaya Offshore incluem os prospetos Assaka, Trident, Tarfaya Marin-A (TMA) e La Dam.
O programa de exploração prevê a perfuração de um poço de exploração no prospeto Trident até ao final do primeiro semestre de 2014.
De acordo com a estimativa interna da Galp Energia para volumes e risco associado, o prospeto Trident, que corresponde ao principal objectivo, tem potencial de petróleo e uma estimativa de recursos de exploração recuperáveis de 450 milhões de barris (unrisked mean estimate) para o total do prospeto. A probabilidade de sucesso (POS) é estimada em 21%. Importa ainda salientar, que existe potencial de upside relacionado com os prospetos Assaka, TMA e La Dam.
A conclusão desta transação está sujeita à aprovação das autoridades competentes, nomeadamente do governo de Marrocos.
Este acordo de farm-in está alinhado com a execução da estratégia da Galp Energia, expandindo e diversificando a sua carteira de projetos de exploração, de modo a assegurar a sustentabilidade do crescimento da sua produção. A Galp Energia continua a tirar partido do seu perfil pioneiro, entrando na parte inicial da fase de exploração, de forma a capturar o maior potencial de criação de valor.
Igualmente importante, neste caso em particular, é o facto de que, com este acordo, a Galp Energia irá desenvolver as suas competências técnicas como operadora em projetos offshore em águas rasas.
A Tangiers
A Tangiers é uma empresa australiana de exploração, com ativos de gás e petróleo de classe mundial em Marrocos e na Austrália. Os ativos da empresa em Marrocos incluem a promissora área Tarfaya Offshore. Na Austrália, os ativos da empresa incluem o prospeto de gás Nova e o play de petróleo Milligans, localizados no offshore norte do país.
A ONHYM
A ONHYM é uma instituição estatal financeiramente independente, cujas operações são monitorizadas pelo estado de Marrocos. A estratégia da ONHYM está focada em aumentar o nível de exploração de petróleo e de minérios em Marrocos, através de uma política que pretende fortalecer a abertura ao mercado mundial e desenvolver parcerias com investidores estrangeiros.
A Galp Energia
A Galp Energia é um operador integrado de energia com atividades diversificadas pelo Mundo. Enquanto as suas atividades de refinação e distribuição de produtos petrolíferos estão centradas na Península Ibérica, as suas atividades de exploração e produção focam-se no pré-sal da bacia de Santos no Brasil, no offshore angolano e na bacia de Rovuma, em Moçambique, local de recentes descobertas de gás natural de classe mundial. Naquela bacia, a Galp Energia detém uma participação de 10% na Área 4. A Galp Energia está atualmente presente em 14 países: Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Moçambique, Venezuela, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Suazilândia, Gâmbia, Timor-Leste, Uruguai, Guiné Equatorial e Namíbia.