06/05/2010 | Resultados

Resultados do primeiro trimestre de 2010

Galp Energia regista resultado líquido a custo de substituição ajustado de €65 milhões no primeiro trimestre

Galp Energia regista resultado líquido a custo de substituição ajustado de €65 milhões no primeiro trimestre

  • A produção working interest de crude aumentou 39% para 18,5 mil barris diários, devido ao contributo dos projectos CPT de Tômbua-Lândana, em Angola, e do campo Tupi, no Brasil;
  • A margem de refinação da Galp Energia desceu 3%, para Usd 2,7/bbl, enquanto o crude processado aumentou 67% em relação ao primeiro trimestre de 2009, período em que ocorreu o incidente na fábrica de utilidades da refinaria de Sines;
  • O negócio de distribuição de produtos petrolíferos, principalmente no mercado espanhol, foi negativamente afectado pelo actual contexto económico;
  • As vendas de gás natural aumentaram 10% em relação ao período homólogo para 1.179 milhões de metros cúbicos, dos quais 70% corresponderam a vendas no mercado liberalizado;
  • O EBITDA RCA atingiu €177 milhões, mais 15% que em igual período de 2009;
  • O resultado líquido a custo de substituição ajustado foi de €65 milhões, ou seja, €0,08 por acção, e o resultado líquido IFRS €98 milhões, ou seja, €0,12 por acção;
  • O investimento no primeiro trimestre de 2010 foi de €192 milhões, dos quais cerca de 50% foram canalizados para o segmento de Refinação & Distribuição, maioritariamente no projecto de conversão das refinarias.

Indicadores Financeiros

O resultado líquido a custo de substituição ajustado no primeiro trimestre de 2010 aumentou 32% para €65 milhões face ao período homólogo, na sequência do aumento da produção e do preço do crude e do aumento dos volumes vendidos de gás natural. O resultado líquido IFRS foi de €98 milhões, incluindo um efeito stock positivo de €37 milhões.

Exploração e Produção

No primeiro trimestre de 2010, a produção working interest aumentou 39% face ao período homólogo para 18,5 mil barris por dia. Este aumento deveu-se principalmente ao incremento de produção dos campos Tômbua-Lândana e Tupi, que produziram 5,4 mil barris por dia. Os novos projectos em Angola e no Brasil representaram já 29% da produção total do trimestre.

Também a produção net entitlement registou uma subida de 51%, para 12,7 mil barris por dia, em relação ao mesmo período do ano anterior, devido à produção dos campos Tômbua-Lândana e Tupi.

O resultado operacional a custo de substituição ajustado no primeiro trimestre de 2010 foi de €33 milhões face a €1 milhão no período homólogo, um incremento que se deveu aos aumentos da produção e do preço médio de venda do crude.

Refinação & Distribuição de Produtos Petrolíferos

O crude processado no primeiro trimestre situou-se nos 22,2 milhões de barris, enquanto no período homólogo tinha sido de 13,3 milhões de barris, devido ao incidente na Refinaria de Sines. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de utilização da capacidade de refinação foi de 80%.

Os volumes vendidos aumentaram 10% em comparação com o período homólogo para as 4,4 milhões de toneladas, beneficiando do contributo positivo das exportações, que totalizaram 0,8 milhões de toneladas, face aos 0,4 milhões de toneladas de exportações no primeiro trimestre de 2009.

As vendas a clientes directos diminuíram 3% em relação ao período homólogo, para as 2,7 milhões de toneladas, na sequência da queda do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica. De salientar que, no primeiro trimestre de 2010, 42% das vendas totais a clientes directos foram realizadas no mercado espanhol.

No final de Março de 2010, a Galp Energia tinha 1.436 estações de serviço na Península Ibérica, menos 61 do que no primeiro trimestre de 2009, das quais cerca de 40% eram em Espanha. As lojas de conveniência ibéricas totalizavam 451, sendo que cerca de metade se situavam em Espanha.

O resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €19 milhões, menos €18 milhões que no primeiro trimestre de 2009, o que ficou a dever-se ao contexto desfavorável do mercado de produtos petrolíferos principalmente em Espanha, mas também em Portugal.

Gas & Power

No primeiro trimestre de 2010, as vendas de gás natural aumentaram 10% em relação ao período homólogo para os 1.179 milhões de metros cúbicos, com as vendas no mercado liberalizado a representarem 70% dos volumes vendidos.

Os volumes vendidos ao sector eléctrico registaram uma descida de 14%, devido ao aumento da geração eléctrica por via hidráulica, dada a pluviosidade no trimestre, influenciando assim negativamente o recurso à geração térmica, nomeadamente a gás natural.

O segmento industrial em Portugal, e tendo em conta os mercados liberalizado e regulado, registou um aumento de 18% face ao período homólogo, para o que muito contribuiu o gás natural consumido pela central de cogeração de Sines, que entrou em operação no quarto trimestre de 2009. A entrada em operação da central de Sines teve igualmente um efeito positivo na produção de electricidade, no trimestre, que duplicou para 297 GWh.

No primeiro trimestre de 2010, o resultado operacional a custo de substituição ajustado foi de €42 milhões, face aos €32 milhões do primeiro trimestre de 2009, um aumento de 31%.

Investimento

O investimento no primeiro trimestre de 2010 foi de €192 milhões. No segmento de negócio de Exploração & Produção, os €78 milhões investidos, foram essencialmente canalizados para o desenvolvimento do bloco 14, sobretudo para o campo Tômbua-Lândana e para o Brasil, com o offshore da bacia de Santos a absorver €38 milhões.

No segmento de negócio de Refinação & Distribuição, o investimento foi de €96 milhões, dos quais €80 milhões foram canalizados para o projecto de conversão do aparelho refinador.

O investimento de €16 milhões, no segmento de negócio de Gas & Power, foi canalizado sobretudo para a expansão da rede de distribuição de gás natural e para a construção da central de cogeração da refinaria de Matosinhos.

Capitalização Bolsista

Durante o primeiro trimestre de 2010, as acções da Galp Energia tiveram um desempenho positivo de 6%, com a cotação a fechar nos €12,86 no final daquele período. Desde a Oferta Pública Inicial a 23 de Outubro de 2006 até 31 de Março de 2010, a acção Galp Energia teve um desempenho positivo de 121%. A cotação máxima da Galp Energia no primeiro trimestre de 2010 foi de €13,07, enquanto a mínima foi de €10,37. Durante o período foram transaccionadas cerca de 110 milhões de acções, o que equivaleu a uma média diária de 1,7 milhões. A 31 de Março de 2010, a Galp Energia tinha uma capitalização bolsista de €10.664 milhões.

Bases de apresentação da informação

As demonstrações financeiras consolidadas e não auditadas da Galp Energia relativas aos primeiros três meses findos em 31 de Março de 2010 e 31 de Março de 2009 foram elaboradas em conformidade com as IFRS. A informação financeira referente à demonstração de resultados consolidados é apresentada para os trimestres findos em 31 de Março de 2010 e 31 Março de 2009. A informação financeira referente à situação financeira consolidada é apresentada às datas de 31 de Março de 2010 e 31 de Dezembro de 2009.

As demonstrações financeiras da Galp Energia são elaboradas de acordo com as IFRS e o custo das mercadorias vendidas e matérias-primas consumidas é valorizado a custo médio ponderado. A utilização deste critério de valorização pode originar volatilidade nos resultados em momentos de oscilação dos preços das mercadorias e das matérias-primas através de ganhos ou perdas em stocks, sem que tal traduza o desempenho operacional da empresa. Este efeito é designado efeito stock.

Outro factor que pode afectar os resultados da empresa sem ser um indicador do seu verdadeiro desempenho é o conjunto de eventos de natureza não recorrente, tais como ganhos ou perdas na alienação de activos, imparidades ou reposições de imobilizado e provisões ambientais ou de reestruturação.

Com o objectivo de avaliar o desempenho operacional do negócio da Galp Energia, os resultados operacionais e os resultados líquidos replacement cost ajustados (RCA) excluem os eventos não recorrentes e o efeito stock, pelo facto do custo das mercadorias vendidas e matérias-primas consumidas ter sido apurado pelo método de valorização de custo de substituição, designado replacement cost.

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