Ecoeficiência nas operações

A Galp assegura a eficiência na utilização e gestão de recursos, sob o compromisso da preservação do nosso planeta, sendo uma preocupação que está presente em todas as fases do ciclo de vida das instalações, produtos e serviços, i.e. desde da conceção e projeto, exploração e vida útil, até ao fim de vida e desativação. Desta forma, assumimos a ecoeficiência operacional como uma questão estratégica e incorporamos os riscos e as oportunidades inerentes à sua gestão. Em todas as operações atuamos segundo os seguintes quatro eixos chave:
 
  • Preservação do capital natural: reconhecemos o capital natural como elemento gerador de valor, logo, a destruição de ecossistemas tem um impacto económico negativo. Devemos incentivar a sua preservação através do controlo do stock finito de recursos (criando condições de regeneração para os recursos) e do balanço dos fluxos renováveis associados.
  • Otimização do rendimento de recursos: procuramos a minimização do consumo e a maximização da utilidade, através da reutilização, nomeadamente dos materiais e energia, promovendo um aumento da eficiência na utilização de recursos.
  • Redesenho de processos e modelos: promovemos o repensar de processos e modelos de negócios, atendendo a questões técnicas e económicas, sociais e institucionais, e, em última instância, redesenhando os mesmos.
  • Inovação e novas tecnologias: assumimos o desenvolvimento de novas estratégias assentes na inovação e tecnologia, como base que permite efetivar e alavancar as mudanças à atual dinâmica das sociedades, possibilitando as alterações nos sistemas produtivos, mas também, nos hábitos e cultura da sociedade.

Adicionalmente, assumimos a nossa responsabilidade perante as gerações futuras, promovendo a educação sobre a energia e a eficiência energética e desenvolvemos projetos que promovem o consumo energético responsável junto dos nossos clientes, dos nossos parceiros e dos consumidores do futuro.

A nossa meta: continuar a ser uma referência ao nível do ambiente, aumentando a ecoeficiência em 15%.

Ecoeficiência na refinação

Na Galp, continuamos a implementar novas ações tendo em vista a melhoria da ecoeficiência do nosso aparelho refinador, mesmo após a implementação do projeto global de conversão das refinarias de Matosinhos e Sines, o mais ambicioso projeto industrial desenvolvido em Portugal.

Consulte o nosso caso de estudo “Ecoeficiência operacional - Refinarias”.

Água e efluentes

Promovemos a redução do consumo de água e aumento de água reutilizada, através da adoção de sistemas de tratamento, reutilização e recirculação de água nas nossas operações.

14% de recuperação de água na totalidade das operações da Galp

15% de recuperação de água na refinação

Em 2020, investimos €581 k em novos equipamentos de tratamento de efluentes para alcançar maior eficiência e melhorar a qualidade dos efluentes, permitindo um aumento da quantidade de água reutilizada/reciclada. Periodicamente, a qualidade dos efluentes é monitorizada, garantindo que estão abaixo dos valores limite de emissão definidos.

Também, a nível local, a Galp tem implementado redes de piezómetros para a monitorização da qualidade das águas subterrâneas e contaminação dos solos.

A Galp não registou em 2021, nem nos últimos anos, quaisquer incidentes relacionados com a água. Nenhuma interrupção de operação ou fecho de instalação foi registada, nem interrupção física do fornecimento de água, nem qualquer órgão autorizado (por exemplo, órgão governamental, regulador) limitou a captação de água de uma fonte de água.

As nossas metas

Estabelecemos metas de desempenho em linha com os objetivos de ecoeficiência estabelecidos para as nossas operações. Para 2022, temos definido as seguintes metas para o nosso aparelho refinador:

  Refinaria de Sines
Consumo total de água normalizado por carga tratada ou processada (m3/t) 0,58

Qualidade do ar e emissões atmosféricas

Conscientes da importância da qualidade do ar para a saúde pública e para o ambiente, gerimos as nossas operações salvaguardando a sua proteção. Monitorizamos as nossas emissões atmosféricas, provenientes de fontes fixas e móveis, e asseguramos a verificação do nosso desempenho por terceira parte independente.

Com vista a tornar a nossa atividade e os nossos produtos mais sustentáveis, implementamos as melhores tecnologias disponíveis (MTD) para a redução das emissões atmosféricas, nomeadamente:

  • Otimização dos sistemas de combustão
  • Ajustamento do portefólio de combustíveis
  • Integração de aditivos redutores de óxidos de azoto na unidade Fluid Catalytic Cracking (FCC)
  • Integração das novas especificações de combustíveis, minimizando impactes ambientais na utilização dos produtos comercializados
  • Estabelecimento de objetivos e metas com base nos KPI de desempenho

Redução das emissões

Em 2021, e face a 2017, atingimos reduções significativas nas emissões atmosféricas do nosso aparelho refinador:

                 -17% -84% -19% -26%
De emissões de NOx De emissões SO2 De emissões de partículas De emissões de CO2
As nossas metas

Estabelecemos metas de desempenho em linha com os objetivos de ecoeficiência estabelecidos para as nossas operações. Para 2022, temos definidas as seguintes metas para o nosso aparelho refinador:

  Refinaria de Sines
Emissões de NOx por carga tratada (g/t) 130
Emissões de SO2 por carga tratada (g/t) 100
Emissões de partículas por carga tratada (g/t) 11,9
Emissões de CO2/CWT 29

Produção de resíduos e a sua valorização

A nossa prioridade é reduzir a quantidade de resíduos na fonte da produção e sua perigosidade, promovendo o incremento da fração valorizável.

Procuramos maximizar a reutilização dos materiais e a sua reciclagem ou valorização. A eliminação é sempre a última opção de gestão e quando acontece é antecedida por uma triagem apropriada, que encaminha os resíduos para destino final adequado. Estas preocupações são devidamente avaliadas nas várias fases do ciclo de vida das instalações — conceção, exploração e desativação.

Em 2021, foram valorizados 60% dos resíduos.

A gestão dos resíduos nas operações é suportada pela análise e avaliação do risco, tendo em conta, não só a perigosidade dos produtos/resíduos das operações, como a capacidade e adequabilidade das infraestruturas e equipamentos para os processar e armazenar. Desta forma, minimizamos os riscos para os ecossistemas e para a saúde humana.

Estabelecemos prioridades operacionais na gestão de resíduos, seguindo os seguintes níveis de hierarquia:

  1. Prevenção e redução da produção - Na conceção de instalações e melhor gestão de operações;
  2. Reutilização - De produtos, prolongando o seu tempo de vida útil);
  3. Reciclagem - Valorizando os materiais/componentes.
  4. Valorização - Em termos energéticos;
  5. Tratamento e eliminação.
 

Acreditamos na transição para uma economia mais circular, em que o valor dos produtos, materiais e recursos se mantém no ciclo económico o máximo de tempo possível e a produção de resíduos se reduz ao mínimo.

Casos de perdas de contenção

Atuamos em diversas vertentes para minimizar os casos de perdas de contenção, promovendo a monitorização, de todas as perdas de contenção primária, independentemente do volume libertado ou do meio afetado, e promovendo a disseminação das lições aprendidas com a investigação de cada evento, das suas causas e efeitos. Além da sua monitorização, esta informação é reportada nos scorecards das unidades de negócio, sendo alvo de acompanhamento regular pela gestão de topo.

Perdas de contenção 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Volume total (m3) 16 27 36 115 1.412 89
Volume total que atingiu o ambiente (m3) 5 5 14 61 302 44

Implementamos medidas de prevenção e mitigação de derrames, promovendo a qualidade do meio e das espécies e habitats que dele dependem, e envidamos esforços para melhorar a compreensão do meio em que se desenvolvem as nossas atividades, ao nível de:

  • Hidrogeologia local;
  • Qualidade e características dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais;
  • Tipo e características dos solos;
  • Condições bioclimáticas;
  • Vulnerabilidade ecológica.

Saiba mais sobre a ecoeficiência operacional na Galp

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