O final do ano é, habitualmente, um período de gastos extra. Entre prendas, jantares de Natal e passagens de ano o dinheiro ganha asas. Já janeiro, apesar de ser o mês dos recomeços, é também um período de aumento de preços, sendo, por esse motivo, a altura ideal para analisar as despesas do ano anterior e planear o orçamento familiar do novo ano. Como esta pode ser uma tarefa desafiante, reunimos algumas dicas para o ajudar a poupar.
A importância do orçamento familiar
Para fazer face a despesas imprevistas, como a reparação de um eletrodoméstico ou do carro e a perda de remuneração por ausências de trabalho por doença é necessário ter algum dinheiro de lado. É aqui que entra a importância do orçamento familiar.
O orçamento familiar consiste em comparar o que recebe com o que gasta. Ao analisar as fontes de rendimento, as despesas mensais fixas (prestação da casa ou renda mensal, por exemplo) e as variáveis (faturas da água, luz e gás) tem uma maior clareza sobre o estado das suas finanças pessoais. Assim, saberá se está a poupar ou a gastar mais do que recebe.
Definir um limite para o orçamento familiar permite-lhe não só controlar os gastos, reduzindo os custos excessivos, como garantir o pagamento das despesas fixas e variáveis e ainda investir em projetos, sejam eles de lazer, educação ou soluções financeiras a longo-prazo. Planear viagens, fazer ações de formação e adquirir produtos de poupança para a reforma são apenas alguns exemplos.
Para além disso, o orçamento familiar permite-lhe adquirir novos hábitos de poupança, definir objetivos a curto e longo prazo e alcançar uma maior estabilidade financeira.
Desta forma, existe margem para lidar, com maior tranquilidade, com as despesas extra que possam surgir. Para um fundo de emergência mais completo, estabeleça estratégias de poupança, como transferir uma percentagem do seu vencimento para uma conta-poupança – idealmente, um valor entre 10 e 20%.
Como fazer um orçamento familiar?
Existem algumas etapas para elaborar um orçamento familiar.
1# Registar os ganhos
Comece por registar todas as entradas de dinheiro, sejam elas fixas (salários ou pensões) ou variáveis (subsídios, prémios, horas extra, etc.). O objetivo é fazer uma estimativa do valor que estará disponível nos meses seguintes.
2# Monitorizar as despesas
Faça um apanhado geral de todas as despesas mensais, incluindo as faturas da água, luz e gás, os créditos, a renda ou prestação mensal da casa, os seguros, as deslocações, as subscrições de plataformas de streaming, entre outros. Após reunir esta informação, consegue perceber qual o gasto médio mensal.
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3# Dividir as despesas por categorias
Depois de saber o valor total das despesas, categorize-as conforme a sua natureza:
- Despesas fixas: As despesas fixas são aquelas cujo valor não altera de mês para mês. A renda ou prestação da casa, os impostos, o seguro do carro e o seguro de saúde são alguns exemplos.
- Despesas variáveis: Aqui pode contar com os gastos de supermercado, as faturas de água, luz e gás, a manutenção do carro, entre outras despesas que variam consoante as necessidades de cada mês.
- Despesas extra: Jantares fora, compras de roupa, remodelações na decoração da casa são alguns dos exemplos deste tipo de despesas.
Ao fazer esta separação, terá uma noção mais detalhada de onde gasta mais dinheiro.
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4# Definir o objetivo do orçamento familiar
Após a realização das duas etapas anteriores, é possível definir os setores nos quais vai reduzir custos. O objetivo é poupar e ter uma maior margem para imprevistos. Para isso, é importante definir as prioridades e os objetivos a curto e a longo prazo – poupança para ter um fundo de maneio de segurança, para fazer uma remodelação, um curso ou uma viagem.
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1# Renegocie contratos
As despesas fixas são uma grande fatia das despesas mensais. Aqui, estão incluídas as prestações de créditos, as faturas de energia e telecomunicações.
No caso dos créditos, procure fazer uma renegociação da dívida. Quando aos contratos de energia e telecomunicações, é aconselhável fazer uma sondagem dos preços praticados no mercado. Faça simulações em diversos operadores e, se encontrar um pacote atrativo com um valor inferior ao atual, pondere fazer a alteração.
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2# Pense duas vezes antes de comprar
Antes de ir às compras, tire um tempo para refletir se o que quer comprar é realmente necessário ou se é um desejo. Será que precisa mesmo de mais uma peça de roupa ou de um novo utensílio para a cozinha? Se der por si num diálogo interno a responder negativamente e a contra-argumentar que quer aproveitar o desconto, o conselho é parar, respirar e fazer uma lista dos prós e contras dessa aquisição.
Isto não significa que não possa oferecer um presente de vez em quando ou comprar algo porque deseja, mas não de forma recorrente. Caso contrário, será uma despesa desnecessária.
3# Faça listas
Ainda antes de ir às compras, habitue-se a fazer uma lista em casa para evitar tentações, especialmente no que respeita à alimentação. Assim, tem a certeza que traz apenas o que é preciso e nada mais. Desta forma, contribui para uma maior poupança e um menor desperdício.
Dica extra: faça a lista em papel e não no telemóvel. Não se esqueça que no telemóvel pode ir acrescentando novos itens, já no papel não é assim tão fácil, especialmente se a lista for elaborada numa folha pequenina e à sua medida.
4# Faça pequenas alteações no seu dia a dia
Para uma otimização do orçamento familiar, considere mudar alguns hábitos, tais como:
- Trocar as lâmpadas por iluminação LED;
- Colocar tomadas inteligentes e sensores de movimento;
- Aproveitar o máximo de luz natural para poupar na luz;
- Escolha um plano de energia que se adeque às suas necessidades;
- Reduzir a temperatura do termoacumulador para poupar água quente;
- Instalar redutores de caudal;
- Levar o almoço de casa para o trabalho, poupando nas despesas em almoços fora;
- Adotar uma alimentação saudável – conheça algumas dicas para refeições saudáveis.
5# Invista em aplicações de gestão orçamental
Atualmente, existem várias opções para o ajudar a fazer a gestão das contas, desde aplicações gratuitas a pagas.
Seja o excel ou outra aplicação, o que importa é encontrar uma ferramenta que lhe facilite a vida e lhe permita gerir o orçamento familiar enquanto poupa dinheiro.
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